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Extração de areia pode ser interrompida

O movimento comemora, neste mês, um ano de atuação em defesa das dunas

Foto: Eduardo Rosa/Divulgação/Notisul

Foto: Eduardo Rosa/Divulgação/Notisul

Os montes de areia formados pelo vento e pelo mar, entre as praias da Ribanceira e Ibiraquera, em Imbituba, correm o risco de desaparecer na região. Para proteger estas dunas, moradores e ambientalistas lutam para que a área seja protegida de uma mineradora, que há mais de uma década extrai material do local.
 
Conforme reportagem do jornal Notisul, para o coordenador do movimento SOS Dunas da Ribanceira, Eduardo Rosa, a situação atual é de expectativa, já que representantes da prefeitura analisam a documentação que regulamenta a licença da empresa a trabalhar na extração. “Nossa esperança é que o poder público do município não libere o alvará e, neste local, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficialize a descoberta nas dunas de vestígios arqueológicos importantes para a história da Santa Catarina”, pede Eduardo.
 
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Sedurb), Eduardo dos Passos, os documentos já foram analisados e estão na procuradoria-geral para a elaboração de um parecer sobre o caso, fato que também deverá ser alterado pela chegada de um pré-relatório encaminhado pelo Iphan nas últimas semanas. “Além do que já foi levantado, com este material de vistoria do Iphan, vamos ter de rever mais estas informações, as quais indicam que pode haver alguns artefatos e materiais muito antigos, os quais provem que a área precisa ser analisada com mais cuidado”, explica o secretário. “Na próxima semana já teremos uma posição sobre o futuro das dunas”, finaliza Eduardo dos Passos.
 
SOS Dunas da Ribanceira

Para o coordenador Eduardo, a causa é importante e deve ser apoiada por todos os catarinenses para que o local não fique somente na lembrança. “A retirada de areia é tão violenta que, por dia, saem mais de 100 caminhões carregados de areia em direção a várias cidades do estado, trabalho que precisa ser impedido”, reforça o ativista.