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Faltam dois vãos para finalizar aduelas na Ponte de Laguna

Foto: Muriel Ricardo Albonico

Foto: Muriel Ricardo Albonico

Faltam dois vãos para completar toda a instalação de aduelas nos trechos correntes da Ponte de Laguna, estrutura que o DNIT vem construindo para travessia do Canal de Laranjeiras, no Sul catarinense. Ao todo, a ponte terá 53 vãos, somando os dois apoios – conjunto de pilares, que seguem em construção. Os trechos correntes são os segmentos da ponte onde não serão instalados cabos de aço, com largura de pista de aproximadamente 24 metros. A Ponte de Laguna faz parte do conjunto de obras de arte especiais para duplicação da BR-101 catarinense.

O consórcio executor do empreendimento pretende finalizar todo o içamento de aduelas até o próximo dia 27, concentrando trabalhos, posteriormente, na instalação de “mãos francesas”, estruturas triangulares fixadas nas laterais do vão da ponte, para dar a dimensão final da plataforma de pistas e das pré-lajes, onde é instalada a ferragem e colocado concreto usinado para formar as pistas. O consórcio já finalizou a construção dos pilares e consoles (onde são apoiadas as aduelas), bem como finalizou a construção de aduelas do trecho corrente, no canteiro central.

Já os mastros do trecho estaiado seguem em construção. Foram instaladas dez aduelas entre os apoios 35 e 36, com fixação de oito cabo de aço.  O segmento estaiado da Ponte de Laguna terá dois vãos de 100 metros de comprimento e um vão com 200 metros, entre os mastros. Serão produzidas e instaladas 94 aduelas pré-moldadas entre os apoios (pilares) no trecho onde serão instalados os cabos do estaio. Para toda a ponte, serão construídas e instaladas 716 aduelas. Além das aduelas serão instalados 52 cabos de aço para sustentação, sendo 26 em cada mastro – 13 em cada lado. O consórcio aloca trabalhadores em dois turnos para a construção do trecho estaiado, com início às 7:30 horas e finalizando às 3:00 horas da manhã.

O que são aduelas e mãos francesas

As aduelas são estrutura de concreto usinado e com interior reforçado com ferragem estrutural, instaladas individualmente por processo de içamento e protendidas, isto é, unidas por cabos de aço e argamassa com aditivo especial. Depois de içadas, as aduelas recebem aplicação de adesivo estrutural, a base de Epoxi, entre cada unidade.

Cada vão do trecho corrente da ponte será constituído de 14 aduelas, sendo 12 unidades com 3,60 metros de comprimento, nove metros de largura e 3,2 metros de altura. As outras duas peças têm 1,65 metros de comprimento mantendo as demais medidas. Cada unidade pesa cerca de 90 toneladas. As aduelas do trecho estaiado tem dimensões semelhantes aos trechos correntes, porém, têm 11 metros de largura, para compensar os pontos de ancoragem dos cabos de aço. A construção das aduelas é realizada sobre bases de concreto, em duas etapas, sendo a primeira a laje de fundo e a segunda as vigas e laje superior. Para execução das peças são utilizadas ferragens, formas e cimbramentos (estruturas de suporte provisórias) especiais, e concreto, garantindo a geometria e resistência previstas em projeto.

As cantoneiras, conhecidas como “mão francesa”, são estruturas triangulares utilizadas para dar suporte às pistas da rodovia, sobre o canal, anexadas nos bordos exteriores das aduelas. Acima das cantoneiras são instaladas as pré-lajes para concretagem das pistas.

As estruturas, fabricadas na frente de obras, medem 7,55 metros de comprimento por 2,55 metros de altura. Cada unidade pesa 6,5 mil quilos, sendo necessária a utilização de guindastes para içar e instalar individualmente cada suporte. As cantoneiras são unidas ao tabuleiro de aduelas por cabos de propensão e cola de resina Epoxi de alta resistência. As “mãos francesas” são instaladas a 3,65 uma das outras, sendo o espaço ocupado pelas pré-lajes. Serão utilizadas e instaladas 1598 unidades de cantoneiras, nos 53 vãos da ponte.

O termo “mão francesa” surgiu na França, sem data certa, para designar cantoneiras cujo elemento horizontal tinha a forma de uma mão espalmada, usada para apoiar vasos de plantas. São séries de tesouras ou escora, elementos estruturais inclinados que ligam um componente em balanço à parede, diminuindo o vão livre no pavimento inferior. Tem estrutura triangular, de madeira, concreto ou ferro, destinado a sustentar beirais.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Núcleo de Comunicação DNIT/SC