Segurança

Familiares protestam após a proibição das visitas

Foto:Divulgação/Diário do Sul

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Mesmo tendo que cumprir a determinação judicial de receber detentos durante a greve, a decisão de não permitir visitas tem sido mantida pelos agentes penitenciários paralisados em Tubarão. Por conta disso, na tarde de sexta-feira, familiares que aguardavam do lado de fora para visitar os detentos do presídio masculino fizeram uma mobilização diante da negativa das visitas. 

Com cartazes em mãos, familiares dos detentos protestavam contra a decisão dos agentes em suspender as visitas. Inconformadas, as mulheres (grande maioria) pediam para que as visitas fossem liberadas. Com frases como “Detentos também são gente e também têm familiares” e “Famílias dos detentos não estão em greve”, mostraram a indignação dos que ali se faziam presentes. 

Este é o segundo final de semana em que as visitas no sistema prisional de Tubarão estão suspensas. As visitas sociais acontecem normalmente aos sábados e domingos. Assim como em Tubarão, em Criciúma, familiares dos reeducandos reclusos no Presídio Santa Augusta foram impedidos de entrar na instituição. Lá, as visitas aconteciam na sexta-feira. Há 15 dias sem ver o filho, a mãe de um detento aguardou mais de duas horas para ver seu familiar, mas não obteve sucesso. 

De acordo com o jornal Diário do Sul, a greve por tempo indeterminado no sistema prisional começou no dia 17 de março. Na região, Tubarão (com dois presídios), Laguna e Imbituba também cruzaram os braços. A orientação do sindicato da categoria em todo o Estado era para proibir as visitas dos parentes aos presos, assim como o banho de sol, as escoltas aos fóruns, o atendimento aos advogados, as oficinas e outras atividades do dia a dia.  

Entre os pedidos dos agentes está o cumprimento da data base, a extensão da proficiência, plano de cargos e salários, vale alimentação, aumento das diárias, entre outros. Para o TJ, a greve é considerada inconstitucional, pois a legislação não permite a paralisação de servidores que portem armas de fogo e que são responsáveis diretos pela manutenção da ordem e da segurança pública.