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Fechamento da UO-Sul em Itajaí pode indicar paralisação definitiva das atividades da Petrobras no Sul do país

Foto: Divulgação / Marcos Porto

Foto: Divulgação / Marcos Porto

Está marcada para segunda-feira à tarde na Câmara de Vereadores de Itajaí, a partir das 16h, a audiência pública que vai discutir as estratégias do movimento que pede a permanência da UO-Sul na cidade.

Feita em parceria entre o Legislativo municipal e estadual, a reunião já tem presença confirmada de autoridades de todo o Estado e é possível que o governador Raimundo Colombo (PSD) também compareça.

A expectativa é que algum representante da Petrobras esteja presente para esclarecer a saída da companhia de Itajaí. Desde a confirmação oficial, há pouco mais de uma semana, a campanha pró-UO-Sul ganhou o apoio do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina – Sindipetro, e uma página no Facebook que leva o nome SOS UO-Sul faz campanha pela permanência.

A página, criada por funcionários e terceirizados que devem ser dispensados com a saída da unidade, tem apoio de sindicatos e universitários da região e já tinha mais de duas mil curtidas nas primeiras 24 horas no ar. 

Fechamento definitivo

Existe nas entidades que participam das discussões a sensação de que a subordinação da unidade de Itajaí a Santos e a mudança na qualificação, de unidade de exploração para Ativo de Produção, seria o prenúncio de um fechamento definitivo. Isto porque, sem exploração, não haverá busca por novas frentes de trabalho, e a tendência é que a operação dos poços atuais na região esgote naturalmente com o tempo.

Esse esgotamento poderá representar o temido impacto às atividades que envolvem a movimentação de embarcações e de aeronaves na região de Itajaí e Navegantes.

O fato é que além da perda de autonomia a região também deve ter uma redução sensível nos programas sociais, que hoje beneficiam um bom número de entidades na região. O buraco do prejuízo, portanto, é mais fundo do que parece.

Há tempos a categoria reclama da falta de investimentos no Sul do país, que culmina agora com o fechamento da UO-Sul. Vale lembrar que a unidade é a 5ª em produção no país, responsável por um negócio de R$ 7,5 milhões por dia, e que tem a melhor relação entre produtividade e número de funcionários.

Tem que haver pressa

O movimento pró-UO-Sul é apartidário e legítimo para brigar por uma bandeira que já mobilizou a região com sucesso em outra oportunidade. Mas a essa altura já deveria ter sido formado um grupo de trabalho para negociar com a empresa no Rio de Janeiro. A audiência é importante para que Santa Catarina e a região Sul se posicionem pela permanência da unidade. Mas será preciso articulação para que tenha resultado prático.

Com informações do site Clic RBS