Segurança

Funcionário de despachante é preso em Jaguaruna

O acusado teria recebido “propina” para beneficiar um motorista quanto à redução de débitos de IPVA e Licenciamento de um caminhão

Acusado de possivelmente ter recebido “propina” para beneficiar um motorista quanto à redução de débitos de IPVA e Licenciamento de um caminhão, um funcionário de um despachante de Jaguaruna está preso preventivamente desde o início desta semana, na delegacia do município. 

Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, o homem de 37 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Tubarão e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma, acusado pelo crime de “tráfico de influência”. As investigações sobre o crime, de acordo com o delegado regional da Cidade Azul, Ulisses Gabriel, iniciaram na semana passada, quando os policiais estiveram na cidade para apurar a denúncia também de “corrupção passiva”, praticados no Ciretran.

Com uma força-tarefa montada, flagrou-se o momento em que o funcionário recebia o dinheiro do dono do veículo. “A negociação já vinha se estendendo há alguns dias, a fim de se obter uma facilidade de redução de débitos da documentação do veículo”, afirma o delegado regional. 

Em depoimento, segundo Ulisses, o funcionário do despachante disse que, com os valores solicitados, influenciaria na decisão do servidor público do Ciretran. “Ele chegou a afirmar que o servidor ‘gosta de dinheiro’, citando como funcionava o crime”, destaca o delegado, e completa que cerca de R$ 2 mil seriam destinados ao servidor do órgão público. 

Além da prisão do funcionário do despachante, o servidor público do Ciretran foi afastado do cargo. “Isso para apurar a possível prática de corrupção por funcionário público”, antecipa o delegado. No local foram apreendidos, além do processo de trânsito referente ao caso, outros dos processos de trânsito suspeitos, celular e dinheiro.

Tráfico de influência

De acordo com o Código Penal, no Art. 332, o Tráfico de Influência consiste em solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. A pena para este crime vai de dois a cinco anos de reclusão e multa.