Foto: Jornal Diário do Sul
Em algumas cidades da região, os consumidores já encontram redução no preço da gasolina. É o caso de alguns postos em Imbituba e Garopaba, nos quais o litro do combustível já pode ser comprado por R$ 3,10. Em Tubarão, porém, os motoristas seguem encontrando a gasolina com valores entre R$ 3,24 e R$ 3,29.
O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro) na região de Tubarão, Maycon Schuelter, afirma que não tem conhecimento de redução de preços de combustíveis em outras cidades. “O que posso dizer é que nós, em Tubarão, seguimos praticando o aumento que nos foi repassado pelas distribuidoras, entre R$ 0,30 e R$ 0,35. O aumento passado pelo governo pode ter sido de R$ 0,22, mas nós tivemos outros fatores, como aumento do preço do etanol e do diesel e do ICMS, que também impactaram o preço”, justifica.
Uma notícia boa que o vice-presidente aponta, porém, é que há esperança de que nos próximos meses o preço dos combustíveis caia um pouco – embora não haja previsão de quanto. “É que deve ocorrer uma retração no preço do etanol em função da safra, o que vai impactar um pouco o preço da gasolina”, afirma.
Por enquanto, o consumidor segue pesquisando. Um morador de Gravatal afirma que, no município, a gasolina é encontrada a R$ 3,60. “Um absurdo. As pessoas abastassem só o necessário para chegar a Tubarão e conseguir um valor mais adequado”, reclama o motorista.
Procon estadual pode pedir medida cautelar
Em fevereiro, o Procon decidiu notificar e autuar os postos de combustíveis que aumentaram os valores da gasolina e do diesel acima de R$ 0,22 e R$ 0,15 o litro, respectivamente. Na época, cerca de 300 postos foram notificados em todo o Estado e a coordenadora do Procon de Tubarão, Janete Lisboa, apontou que levantamentos de preços realizados (inclusive pelo DS) mostraram que alguns estabelecimentos reajustaram os valores acima de R$ 0,22 o litro em relação aos preços anteriores para a gasolina e R$ 0,15 o litro para o diesel, o que poderia gerar notificações.
Janete explica, porém, que como o Procon de Tubarão não tem efetivo para fiscalização, foi solicitado ao Procon estadual que a pesquisa seja realizada. “Como o Procon estadual tem diversos municípios para acompanhar, esperamos que até maio esse levantamento seja realizado. Há diversos pontos que precisam ser analisados, como o estoque que os postos tinham na época do aumento e também o valor em nota pelo qual os combustíveis foram repassados”, pontua.
Segundo a coordenadora, o Procon estadual deve solicitar uma medida cautelar contra os postos, caso seja comprovado que o aumento foi abusivo.
Com informações do jornal Diário do Sul