Economia

Governo do Estado garante gestão dos portos de São Francisco do Sul e Imbituba por mais de 20 anos

Foto: James Tavares/Secom

Foto: James Tavares/Secom

O Porto de São Francisco do Sul e o Porto de Imbituba continuarão sob a gestão do Governo de Santa Catarina. Os contratos que renovam o direito do Estado para administrar as duas estruturas foram assinados na manhã dessa quinta-feira, pelo governador em exercício de Santa Catarina, Nelson Schaefer Martins, e pelo ministro da Secretaria de Portos, César Borges, em ato realizado em São Francisco do Sul.

O delegação ao Estado do Porto de São Francisco do Sul foi renovada por mais 25 anos e a do Porto de Imbituba por mais 23 anos, em contratos que poderão também ser renovados ao final do período previsto. "Assinamos, hoje, dois convênios de extraordinário valor para a economia e o desenvolvimento do nosso Estado. Imbituba é um dos portos de maior potencialidade do Brasil, com capacidade para receber os maiores navios do mundo. E o de São Francisco do Sul já é o sétimo maior porto do país, um corredor de exportação imprescindível para o Brasil. A renovação das delegações dos dois portos para o Governo do Estado nos dão a garantia e a confiança para que sejam feitos os novos investimentos necessários, tanto do governo como da iniciativa privada", destacou o governador em exercício.

"Estamos garantindo uma tranquilidade jurídica para um longo prazo. Santa Catarina tem uma vocação para o comércio exterior e, por isso, queremos que aqui cresçam e se desenvolvam os portos. O setor portuário catarinense é cada vez mais importante, movimenta cargas em quantidade recorde, gerando empregos e reduzindo o Custo Brasil, por isso achamos que esse é um modelo vitorioso e que merece nossa confiança", acrescentou o ministro César Borges.

Porto de São Francisco do Sul

Localizado no Norte do Estado, o Porto de São Francisco do Sul é uma estrutura de múltiplo uso, sendo o segundo do Brasil em movimentação de carga não conteinerizada e respondendo por cerca de 12% dos grãos exportados pelo Brasil. No ano passado, o empreendimento recebeu investimentos de mais de R$ 40 milhões para ampliar e aperfeiçoar a sua capacidade operacional.

Para o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, a concessão marca o início de uma nova etapa. “O porto passa por um processo de modernização. Já concluímos o aprofundamento do calado, as melhorias no pátio e no sistema de informática e, no fim do ano passado, inauguramos mais um berço. Seguimos inovando para atrair novos armadores e movimentar mais cargas”, avaliou Corsi.

Neste mês, a Secretaria de Portos também já havia autorizado a instalação do Terminal de Uso Privado (TUP) do Terminal de Granéis de Santa Catarina (TGSC), localizado em São Francisco do Sul. A nova estrutura será voltada à exportação de granéis vegetais, como soja, farelo de soja e milho. A expectativa de movimentação é de 6 milhões de toneladas por ano, com investimento de R$ 419 milhões. A previsão para concluir a construção é de 18 meses.

Porto de Imbituba

O Governo do Estado assumiu a gestão do Porto de Imbituba, no Sul do Estado, em dezembro de 2012, com um contrato de concessão previsto para terminar em dezembro de 2014. Nestes quase dois anos, os resultados foram expressivos: o movimento de contêineres aumentou em mais de cinco vezes e o volume de cargas movimentado cresceu 67%, passando de 2,1 milhões de toneladas em 2012 para uma previsão de 3,5 milhões de toneladas em 2014. O bom desempenho garantiu que o governo federal aprovasse a assinatura do termo de prorrogação por mais 23 anos.

O presidente da SC Parcerias, Paulo Cesar da Costa, que também preside o Conselho de Administração do Porto de Imbituba, explica que a renovação da concessão permitirá uma série de novos investimentos no local. "O setor de infraestrutura de um porto exige investimentos de longo prazo. Quando não se tem uma delegação por um período mais amplo, fica muito difícil conseguir os investimentos. Por isso, a importância do ato histórico de hoje, que coloca o Porto de Imbituba em uma nova fase, que vai refletir na economia de toda a região", explicou.

Estão previstos cerca de R$ 300 milhões em melhorias no berço três e molhe, com recursos obtidos por meio da parceria entre terminais, operadores e os governos estadual e federal. O porto está se consolidando como um polo de desenvolvimento regional, já que atualmente a cadeia produtiva movimenta cerca de 4 mil empregos.

Uma parceria entre governos estadual e federal no valor de R$ 38 milhões também viabilizou a dragagem do porto. A obra garantiu o aprofundamento do canal de acesso (dos atuais 15 metros para 17 metros), da bacia de evolução (de 13 para 15,5 metros) e dos berços (de 12,5 para 15 metros). Com a dragagem, o porto pode receber navios de até 360 metros de comprimento, embarcar e desembarcar mais cargas para comercialização.

O diretor do porto, Marcelo Schlichting, afirmou que com as novas configurações técnicas de atracação com a conclusão da dragagem, tarifas competitivas e uma ação comercial arrojada impulsionam a meta de movimentar 150 mil TEUs por ano até 2015. Em 2014, o porto deve fechar com a marca de 55 mil TEUs no ano.