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Governo e empresários buscam solução para baixar o valor do custo da energia elétrica

Foto: Divulgação

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Empresários de Içara lotaram, na tarde desta terça-feira, a sala de reuniões da prefeitura municipal para discutir alternativas que reduzam o valor tarifário da energia elétrica fornecida na cidade. Conforme relatos, há empresas onde o custo pago é maior que a folha dos funcionários. Ao final do encontro, foi agendada uma reunião para o dia 14, às 17h, na ACII, onde será convidado o presidente da Cooperaliança, Jorge Rodrigues, para que leve um técnico e dê explicações com planilha de custos e gastos.

No encontro desta terça-feira participaram vereadores; representantes sindicais; de associações e empresários de diversas segmentos, como o plástico e químico; de alimentos; metal-mecânico e equipamentos agrícolas. Segundo o prefeito, Murialdo Canto Gastaldon, a reunião foi organizada visto a preocupação com relação à situação.

“Içara vive um momento bom. Registrou crescimento de 30% na economia, no comparativo de 2013 com 2012. No ano passado tivemos um saldo geral de 400 novas empresas. O empresário Anselmo Freitas nos procurou e pediu nosso apoio”, relata Murialdo. “A energia elétrica é o principal insumo da empresa que está em atividade produtiva, mas empresários estão enfrentando dificuldades para pagar. Conforme avaliações, o valor da energia em Içara é mais alto que de outras cidades. Isso dificulta na competitividade”, aponta. O vice-prefeito, Sandro Giassi Serafin, também fez ressalvas ao problema. “As empresas perdem a competitividade com isso. Não adianta trazer novas empresas para cidade e não apoiar as que estão aqui. A solução do problema promoverá o crescimento contínuo”, emendou.

Durante a reunião, o empresário Anselmo Freitas apresentou um comparativo com base nos gastos de sua empresa, a Cristal Copos. “Confesso que estou muito preocupado. Fiz um comparativo com base na minha empresa. Gastamos R$ 500 mil/mês de energia. Se atuássemos em Forquilhinha, por exemplo, teríamos uma economia de R$ 185 mil por mês que anual representa R$ 2,2 milhões. Um valor que poderia voltar em investimentos. Caso fossemos para Morro da Fumaça a economia seria de R$ 1 milhão/mês”, descreveu.

O empresário Higino Giassi também fez um comparativo. “No Paraguai o custo representaria 5% do que gastamos aqui. Temos que formar uma frente para reduzir os custos. Usar a força política também”, disse. 

Colaboração: Francis Leny