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Greve dos mineiros deixa setor energético apreensivo

Foto: Divulgação/Internet

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A greve dos mineiros, anunciada pelo Sindicato de Siderópolis, Treviso e Cocal do Sul para esta quinta-feira e nas demais cidades para a próxima segunda-feira, preocupa o setor energético da região. Conforme reportagem do site Clicatribuna,  o presidente do Sindicato da Extração Mineral de Santa Catarina (Siecesc), engenheiro Ruy Hülse, atenta para o fato do setor carbonífero catarinense poder perder força perante à outros estados ou países devido a paralisação das atividades.

"A greve, ao impedir que o carvão chegue até a Tractebel, pode ocasionar danos no sistema elétrico brasileiro que encontra-se sob estresse pela falta de chuvas, se isso ocorrer o Governo Federal tomará medidas e irá interferir aqui. O que pode ocorrer é o governo ir atrás de outras alternativas para a falta de carvão da região, buscando carvão do Rio Grande do Sul ou até mesmo importando de outros países", analisa o presidente do Siecesc.

Os mineiros anunciaram a greve afirmando que não aceitaram a proposta salarial do patronal que oferece a inflação (5,56%) e ganho real de 1,44%, enquanto os trabalhadores pedem aumento real de 10%. “O sindicato patronal contratou um negociador profissional, que desconhece nossa realidade, para nos propor um aumento irrisório e incompatível com a realidade do setor, que há muito tempo não tinha tanta rentabilidade e lucro; a categoria está indignada, mobilizada e sem dúvidas vamos parar toda produção”, afirmou Genoir José dos Santos, o Foquinha, presidente da Federação Interestadual dos Mineiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Siecesc afirma que está esperando uma nova contraproposta dos mineiros.