Foto: Maristela Benedet
O primeiro dia de greve da saúde em Criciúma e vale do Araranguá teve adesão de mais de 80% dos trabalhadores.O protesto iniciou no Hospital São José de Criciúma e Hospital Regional de Araranguá. Amanhã (18), a estimativa é de adesão no Hospital São João Batista de Criciúma. São cerca de mil profissionais no São José e 360 no Regional. A negociação com o patronal iniciou há dois meses.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), a adesão está forte os profissionais aprovaram a paralisação em grande maioria nas assembleias e muitos até não queriam entrar cumprindo a escala de manutenção dos serviços funcionando em cerca de 30%. O sindicalista avalia que eles estão bastante indignados, pois há mais de vinte anos seus direitos não são respeitados como: não tem intervalo de uma hora ou feriados; enquanto paga-se pelo médico de R$ 80,00 à R$ 100,00 por hora, para um técnico em enfermagem paga-se R$ 5,52 e para o enfermeiro R$ 11,79; trabalham todos os sábados, domingos e feriados do ano; nos finais de semana dobram a jornada num dia para folgar no outro, na jornada 6x6x12; quem faz a jornada 12×36 trabalha todos os dias do mês, sem nenhuma folga entre outros problemas.
Na tarde de ontem (16) o sindicato patronal ofereceu mais 0,42% de aumento real chegando a 8% no total, mas a proposta foi rejeitada hoje pela manhã pelos trabalhadores. Entre as principais reivindicações estão: Redução da jornada; Reajuste salarial; Pisos por função; Fim do banco de horas; Vale-Alimentação e mais contratações de profissionais entre outros.
A última greve no setor na região foi em 1991 no São José e a paralisação foi de 15 dias.
Colaboração: Maristela Benedet