Saúde

Grupo Anti Tabagismo conhece técnicas da naturologia

Foto: Secom Laguna

Foto: Secom Laguna

Após quatro encontros, dona Rosa Albini afirma já ter reduzido seu consumo de cigarro pela metade. “A médica me receitou uma medicação para ajudar, mas os encontros com o grupo têm me ajudado muito. Estou feliz”, disse. Hoje com 59 anos, Albini relembra que começou a fumar aos 23 anos. “Meu marido pedia para eu ascender o cigarro para ele enquanto dirigia. Comecei e até hoje não consegui parar”, desabafa durante mais um encontro com o grupo Anti Tabagismo, campanha desenvolvida pela equipe do posto de saúde do Mar Grosso e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – Nasf, de Laguna.

O encontro dessa quarta-feira (23) foi com a naturóloga Lirane Moreno. A profissional reuniu o grupo e com algumas técnicas de práticas naturais, como a musicoterapia e fitoterapia proporcionou um momento de relaxamento e integração do grupo. “Foi bom esse momento. Me senti relaxada. Algo que só o cigarro me proporcionava”, conta Albini.

“Essa vivência com uma planta medicinal através do chá e do relaxamento através da música são estratégias importantes nesse processo de desintoxicação dos usuários”, salienta Moreno.

Saiba mais sobre o grupo

Os usuários da unidade do Mar Grosso formaram um grupo que participará de encontros frequentes, onde serão desenvolvidas atividades multidisciplinares com diferentes profissionais, entre eles técnicos de enfermagem, médico, enfermeiro, psicólogo, naturólogo, nutricionista, farmacêutico, odontólogo, fisioterapeuta e educador físico.

O objetivo da campanha segundo a enfermeira coordenadora do projeto, Maria Heloísa Fernandes, é buscar através destas diversas atividades especializadas facilitar a vida dessas pessoas fumantes e proporcionar melhor qualidade de vida.

Ao parar de fumar, o usuário apresentará, como conseqüência, algumas necessidades específicas. Entra aí o trabalho dos profissionais como o médico, que prescreverá medicação se for preciso, a nutricionista acompanhará a alimentação que pode ficar desregulada após uma compensação do vício. As orientações comportamentais como auxílio serão direcionadas à psicóloga. Terapias naturais, como plantas fitoterápicas e musicoterapia, por exemplo, são prescrevidas por uma naturóloga.

Quanto aos exercícios, um educador físico estará disponível para orientar nas atividades físicas e o fisioterapeuta completará com os exercícios respiratórios.

Os primeiros encontros serão semanais e gradativamente passarão a ser quinzenais, mensais, bimestrais, até completar um ano. Fernandes explica que o paciente deverá ter autonomia e interesse em participar do grupo. “Reunir pessoas com problemas em comum torna o tratamento mais promissor. Assim podemos transmitir informações, conduzir e acompanhar com mais facilidade. Só depende do esforço pessoal de cada um o sucesso nesta luta”, disse.