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Grupo de Inclusão Produtiva da Afasc participará da produção de poltronas

Foto: Jussi Moraes

Foto: Jussi Moraes

O grupo de Inclusão Produtiva Mão Amiga, do bairro Imperatriz, recebeu uma encomenda que poderá resultar em uma parceria de anos. A empresa Artisan “contratou” o grupo para a produção de corações que serão aplicados na Poltrona Cuore. Em princípio são duas poltronas que contarão com a mão de obra das mulheres da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc). As peças servirão de experiência para colocar novamente no mercado a poltrona que já fez parte de cenário de novela da rede Globo.

Na tarde desta segunda-feira (17) o grupo visitou a fábrica para receber instruções para a produção, pegar os moldes dos corações e, também, aprender como aplicar as peças na poltrona. O diretor financeiro da empresa, Edson Ávila, afirma que o produto foi criado há alguns anos com o intuito de unir o social com o conceito da poltrona, que é o de aproveitamento de materiais. “Nós tínhamos esta linha, mas estávamos sem a parceria para a mão de obra. O arquiteto João Rieth nos falou sobre o trabalho da Afasc e estamos iniciando este trabalho juntos. A meta é seguir para outros produtos”, salientou.

A técnica da Inclusão Produtiva da Afasc, Elizandra Alves, comenta que quando a Artisan procurou a Afasc para a parceria, o projeto foi direcionado para o grupo Mão Amiga. “Nós temos seis grupos de Inclusão. O Mão Amiga trabalha com a produção de almofadas em patchwork. Para o projeto proposto era o grupo que mais se assemelhava”, destacou. Segundo Elizandra, esta será uma alternativa de renda extra, sem a preocupação com a venda, já que isso é de responsabilidade da empresa. “Elas ganharão experiência na produção e reconhecimento no mercado. Eu fico orgulhosa em saber que com menos de um ano da inclusão produtiva já tenhamos conquistado parceiros”, avaliou. Este é o mesmo sentimento da coordenadora da Assistência Social, Naiany Colombo Dias. “A postura das mulheres que estão inseridas no projeto já mudou. Elas aceitam os desafios e ainda nos trazem sugestões”, comentou.

O departamento da inclusão produtiva também trabalha em projetos com o arquiteto João Rieth para a criação de uma poltrona com a “cara” da Afasc. “Estamos pensando em peças com crochê, patchwork, para receber a nossa marca”, falou Elizandra. A participante do grupo Mão Amiga, Fátima Nascimento, de 52 anos, está empolgada com a produção que farão nos próximos meses. “A inclusão é um desafio e estamos em busca de outros. Está sendo uma experiência maravilhosa. Acredito que fazer os corações não será difícil para o grupo que já trabalha com isso”, destacou.

A presidente da Afasc, Bebel Búrigo, afirma que a instituição está investindo e buscando parceiros para que os grupos conquistem a renda extra e, principalmente, autonomia. “Muitas mulheres dos Clubes de Mães gostam de fazer suas peças para presente e, até mesmo, para ter em casa. Para muitas o artesanato é uma fonte de renda e precisamos incentivar esse empreendedorismo”, garantiu.

Colaboração: Jussi Moraes