Segurança

Guarda Municipal intensificará segurança nos terminais de Criciúma

Com a retirada ostensiva da Polícia Militar, ASTC estuda escala para maior vigilância nas plataformas do transporte público

Foto: Cristian Pereira

Foto: Cristian Pereira

A busca por soluções para melhorar a segurança nos terminais urbanos foi o que pautou o encontro, na tarde dessa segunda-feira (14), do Grupo de Atuação Interinstitucional, que atua desde novembro do ano passado em força tarefa que reúne a Autarquia de Segurança, Trânsito e Transporte de Criciúma (ASTC), Ministério Público (MP), Polícia Militar (PM), a Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Câmara Municipal de Criciúma.

O debate ocorreu no Ministério Público, sob o comando do promotor Alex Sandro Teixeira da Cruz, que discorreu sobre formas de coibir a marginalidade que tem se acentuado nos terminais desde que a Polícia Militar retirou a segurança ostensiva dos locais. Contudo uma reunião administrativa antes entre o promotor e o prefeito Márcio Búrigo, acabou prolongando os horários sem que o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, Márcio José Cabral, pudesse permanecer para a discussão.

Desta forma um novo encontro foi marcado, para a próxima sexta-feira (25), também no Fórum, que contará além da presença das instituições já atuantes, do delegado regional Jorge Koch. Antes desta nova reunião ficou deliberado que a ASTC intensificará a segurança nos terminais nos horários críticos que são, conforme relatado pelos representantes da ACTU, das 7h às 8h30, das 11h às 13h30, das 17h às 18h30 e das 21h às 22h30. “A Guarda Municipal (GM), em regime de escala, conta diariamente com 30 pessoas no efetivo, temos além dos terminais, a rodoviária, a ronda escolar e as questões de trânsito, mas vamos tentar montar uma escala para contemplar estes horários”, afirmou o presidente da ASTC, Giovanni Zappellini.

Foi debatida também a possibilidade de autorizar o armamento do efetivo da GM, contudo para solução em curto prazo seria inviável, já que esta decisão, que acumula opiniões divergentes no grupo, requer tempo hábil para adequação da legislação, instalação de órgãos, realização de processos licitatórios, treinamento, entre outros. Os profissionais apontaram que o exemplo mais próximo, trazido de Tubarão, levou dois anos para se concretizar e no caso de Criciúma, conforme o promotor Alex Cruz, ainda que não fossem economizados esforços para reduzir os prazos, caso o município decidisse pelo armamento, não o seria possível em menos de um ano.   

O prefeito Márcio Búrigo reforçou a importância da participação da PM no contexto. “É notório que os meninos e meninas que estão promovendo estas ações de violência são ardilosos e sabendo da falta da PM passam a atuar. Temos que buscar uma solução para que a PM volte a fazer a segurança ostensiva nos terminais”, frisou.

Para o promotor é importante que neste momento os pais também sejam colocados no compromisso. “Sugerimos que os profissionais que atuam nos terminais, ao avistarem a aglomeração, que não esperem algo acontecer. Que se chame a Polícia Militar para dispersar e caso se neguem, que o Conselho Tutelar seja acionado para devolver aos pais que também precisam ser responsabilizados”, sublinhou.

Colaboração: Fernanda Zampoli