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Haitianos terão aulas de português

A maioria dos estrangeiros trabalha nos setores de molduras, alimentos e limpeza

Foto: Ceja/Braço do Norte/Divulgação/Notisul

Foto: Ceja/Braço do Norte/Divulgação/Notisul

A falta de mão de obra em diferentes segmentos da indústria brasileira tem contribuído para que os empresários contratem os estrangeiros. Este reflexo também pode ser visto no sul de Santa Catarina, principalmente em Braço do Norte. Conforme reportagem do jornal Notisul, a cidade recebeu desde o ano passado  mais de 30 haitianos, que necessitam, além de ajuda em questões sociais, também de melhorias na comunicação com a população local.

“Para que os haitianos consigam se relacionar com os moradores e progredir profissionalmente, está aberta a turma de língua portuguesa”, informa o diretor-adjunto do departamento de educação do município, Rafael Prudêncio Pereira.

Conforme um dos idealizadores do curso, as aulas são voltadas para o ensino do idioma português e o modo de vida brasileiro. “Serão estudos teóricos, práticos e muita conversação. Tudo para que recebam os ensinamentos necessários para a sua comunicação, o que poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento deste profissional no trabalho, além do seu relacionamento pessoal e a convivência social”, argumenta Rafael.

Para o haitiano Emannuel Dorceus, já matriculado no curso, poder assistir às aulas será uma forma de crescimento pessoal. “Nós estrangeiros, nos sentimos muito felizes com esta oportunidade e agradecemos o carinho e o respeito da população braçonortense que nos acolheu. Com estes estudos temos certeza que diminuirá um pouco a saudade que sentimos dos familiares que ficaram no Haiti”, declara Emanuel, emocionado.

O conteúdo aplicado

O curso iniciou na última sexta-feira com uma aula inaugural direcionada para os haitianos em dois turnos, conforme o horário de trabalho dos estrangeiros na indústria. As aulas seguirão até o fim do semestre no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), na Escola Estadual Básica Annes Gualberto, em Braço do Norte. Os alunos receberam uma apostila confeccionada pelo Ministério do Trabalho, dedicada exclusivamente para estrangeiros que trabalham no Brasil. O grupo, em princípio, é formado por 12 alunos, que terão aula duas vezes por semana. As aulas são ministradas pela professora Raquel Antunes.