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Homem com esquizofrenia morre baleado pela PM

Foto: Sul in Foco/Arquivo

Foto: Sul in Foco/Arquivo

Um homem de 32 anos, com esquizofrenia, foi morto com um tiro disparado por um policial militar na manhã desta quinta-feira (23), em palhoça, Grande Florianópolis. O caso aconteceu quando a vítima seria levada para internação compulsória. Ela já havia sido internada outras vezes também à força.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para dar apoio a um oficial de Justiça e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no cumprimento da internação compulsória do homem. O Núcleo de Comunicação da PM informou que ele acabou reagindo contra o procedimento e os policiais adotaram medidas que deveriam ser tomadas para imobilização, mas elas não foram detalhadas.

Em depoimento à Polícia Civil, um PM informou que foi necessário disparar contra a vítima, após ela tentar golpear na cabeça um policial, com uma barra de ferro. De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), um parente da vítima disse que o homem já havia sido internado de forma compulsória outras vezes e foi preciso usar a força. Ele confirmou que a vítima teria ameaçado um policial com uma barra de ferro e o agente teria, então, feito o disparo.

Entenda o caso

No Boletim de Ocorrência do caso consta que, quando os policiais chegaram, a vítima pegou uma barra de ferro e tentou atacá-los. Os agentes tentaram utilizar o taser, mas, como o homem estava de moletom, o equipamento seria ineficaz devido ao pouco contato com a pele. Em seguida, eles fizeram o uso de uma arma de munição não letal não especificada no boletim de ocorrência.

Pensando que se tratava de uma arma de fogo, o oficial de Justiça impediu a ação e a vítima fugiu para o matagal com a barra de ferro. Os policiais correram atrás do homem por cerca de dois quilômetros, sempre pedindo para ele parasse. Depois, ele se escondeu no matagal.

Em depoimento à Polícia Civil, o PM informou que pediu para que o homem saísse do local, mas ele não teria obedecido. Por isso, foram disparados seis tiros com a arma de munição não letal. Em seguida, um dos policiais foi guardar a taser para pegar uma pistola letal.

Ainda de acordo com o B.O., o homem, transtornado, teria ameaçado este PM, que tentou fugir, mas escorregou. Como a vítima iria golpear o policial na cabeça, o outro atirou nele. Mesmo baleado, ela tentou correr, mas acabou caindo. No B.O., os agentes ainda dizem que prestaram socorro ao homem, porém ele morreu no local.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia da Comarca de Palhoça. O G1 tentou contato com a delegada responsável, mas não obteve êxito. O G1 também contatou o 16º Batalhão da Polícia Militar, mas não conseguiu conversar com o comandante. Por fim, o G1também contatou a Justiça de Palhoça, porém não conseguiu falar com o oficial envolvido no caso.

Com informações do site G1 SC