Segurança

Homem é morto pela PM após invadir casa e esfaquear moradores em Orleans

Na noite anterior ele realizou uma tentativa de estupro

Um homem de 36 anos foi morto após invadir casa e esfaquear moradores por volta das 23h dessa sexta-feira, dia 26, na rua Expedicionário Venceslau Spancerski, no bairro Barro Vermelho, em Orleans. O senhor Antonio Pizoni, popularmente conhecido como Nego, de 80 anos, e a filha Leonir Pizoni, 52 anos, foram surpreendidos em sua casa quando F.P.S., conhecido como Zorba, começou a dar chutes na porta, com o objetivo de arrombá-la. No local, mora apenas o idoso e sua filha, que sofre de surdez.

Diante do fato, seu Antonio foi até a janela dos fundos da casa e pediu socorro ao filho que mora em uma casa atrás da sua. Ele imediatamente acionou a Polícia Militar de Orleans. Quando os dois PMs chegaram ao local, Zorba ainda não havia conseguido invadir a casa. Foi então que ele deu o último chute, arrombou a porta e começou a esfaquear os moradores. A faca utilizada media aproximadamente 15 centímetros. As luzes estavam apagadas.

Acredita-se que o idoso estava na cozinha e a filha no quarto no momento em que o criminoso entrou na casa. O idoso foi golpeado seis vezes, atingindo a boca, o ombro, o tórax e o braço. A mulher recebeu duas facadas, ocasionando um corte profundo nas costas, próximo ao ombro. Ambos foram encaminhadado à Fundação Santa Otília, ela pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e ele pelo Corpo de Bombeiros de Orleans. Os dois foram encaminhados ao hospital de Criciúma, mas passam bem e não correm risco de morte.

Para evitar que o homem tirasse a vida dos moradores, a PM se posicionou na porta da casa e disparou aproximadamente cinco tiros. Nesse momento o idoso foi retirado da casa e colocado na área, próximo à porta. Porém, a outra vítima continuava na casa juntamente com o criminoso. Um dos policiais deu a volta e posicionou-se na janela da cozinha, que estava aberta, a mesma utilizada para pedir socorro. Com isso Zorba partiu para cima do policial que dava cobertura, quando o policial posicionado na janela acertou um tiro na região do peito. O homem não resistiu e morreu no local.

Relação do homem com a família

Zorba não possuía endereço fixo. Por pena, Geraldo Pizoni, filho e vizinho do idoso, cedeu por algumas noites o  caminhão baú para que ele pudesse dormir. O caminhão é realizado para prestar serviços de frete. O local foi oferecido após Zorba dormir na rua, próximo à casa do fretista. A família dava também alimento e roupas para o homem. As vestimentas utilizadas no crime já pertenceram ao filho de Geraldo são provenientes de doação realizada por sua mulher.

O idoso possui mais três filhos, além da filha que mora com ele. Um mora no apartamento localizado do lado esquerdo da casa, um em uma casa localizada do lado direito e o outro nos fundos. A nora do idoso, esposa de Geraldo, conta que eles nunca haviam sido ameaçados pelo homem. Zorba não aparecia há um mês, aproximadamente. Populares afirmam que ele havia ido para a Serra.

Mas, na tarde dessa sexta-feira, ele chegou com um cavalo e dois cachorros e conversou com alguns membros da família. Posteriormente, ele foi embora e voltou às 23h. Ainda não se sabe se Zorba pretendia assaltar a casa ou assassinar os moradores. O cavalo continua amarrado em um terreno baldio, ao lado das casas da família, e um dos cachorros também estava no local do crime.

O homem possuía extensa ficha criminal

Zorba é natural da comunidade de Três Barras, de Orleans. Ele não possui endereço fixo. Filho adotivo, tinha relação problemática com a família. Segundo a Polícia Civil, ele já ameaçou os pais e os irmãos. O homem era usuário de drogas e possui extensa ficha criminal por furto, tráfico de drogas, ameaça a policiais e aliciamento de menores. Além disso, há 52 Boletins de Ocorrência registrados, seja com ele envolvido ou realizado por ele. Apesar disso, Zorba possuía uma tatuagem nas costas com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Na noite anterior, ele realizou uma tentativa de estupro

Na madrugada do mesmo dia, por volta das 2h de sexta-feira, Zorba já havia utilizado a faca para intimidar uma mulher. Ele seguiu C.M., que estava indo embora após o expediente de trabalho. Ela estava caminhando pela rua Miguel Couto, em frente ao Althoff Supermercado (apenas referência), no Centro da cidade.

Ela contou que, quando percebeu que ele estava a perseguindo, perguntou o que ele queria. O homem mostrou a faca e disse que ela seria esfaqueada caso não parasse. Por sorte, um conhecido da vítima passava pelo local e a defendeu, dando um chute no homem. Ela então correu até um orelhão e tentou ligar para a polícia. Em seguida, Zorba fugiu ao perceber que um grupo de haitianos se aproximava. Segundo a vítima, o homem tinha intenção de estuprá-la.

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