Segurança

Homem mata companheira e abandona corpo às margens da BR-101

Delegado José Tadeu Vargas esclareceu nesta tarde o crime ocorrido no último fim de semana

Foto: Engeplus

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O delegado responsável pela 1° Delegacia de Polícia de Criciúma, José Tadeu Vargas, esclareceu nesta tarde um homicídio ocorrido no último fim de semana, em Criciúma. A autoridade policial, que estava de plantão, recebeu uma denúncia anônima sobre um assassinato no bairro Pinheirinho, na madrugada do último domingo. A vítima Gisele da Luz Cardoso, de 33 anos, era mulher do denunciante e autor do crime.

No telefone, o homem com 37 anos falou do assassinato e informou que o corpo havia sido retirado do local do crime e levado para o Estado do Rio Grande do Sul. “Ele relatou que estava abalado e com vontade de procurar a polícia para noticiar o caso. Pouco tempo depois, o homem esteve na delegacia, confessou o ato e explicou o possível local, onde o corpo poderia ser encontrado”, explica o delegado.

Diante das informações, Vargas entrou em contato com a Delegacia de Terras de Areia (RS) e foi informado de que nenhum corpo havia sido encontrado naquela região. Uma equipe da 1° DP se deslocou para o litoral gaúcho e ao chegar no município de Torres (RS) foi informada de que uma mulher não identificada havia sido encontrada morta e levada ao Instituto Médico Legal (IML) de Osório.

“Entrei em contato com o IML, sendo que as características físicas coincidiam com a vítima. Antes disso, havia passado via e-mail para o plantão do instituto uma imagem e as impressões digitais da mulher. Minutos depois, veio a confirmação de que a pessoa se tratava da vítima assassinada em Criciúma”, destaca o delegado. Segundo o site Engeplus, a equipe de investigação entrou em contato com os familiares da mulher, que foram orientados a se deslocarem até Osório para o reconhecimento do corpo.

Briga entre o casal – Nesta tarde, o autor do crime prestou depoimento e alegou que o crime ocorreu por causa de uma briga entre o casal. Na ocasião, a vítima procurou o esposo no seu local de trabalho. Segundo ele, Gisele estava transtornada e para evitar danos no local de trabalho a colocou no carro para levá-la para casa.

Dentro do automóvel, a vítima tentou lhe agredir e danificar o veículo. Ele passou uma camiseta ao redor do pescoço da mulher para que ela desmaiasse e voltou ao trabalho, onde fez um relatório do seu plantão e retornou ao veículo instantes depois. Neste momento, ele percebeu que a vítima estava sem os sinais do pulso e não respirava. Conforme o IML, o pescoço de Gisele quebrou em decorrência da força utilizada no enforcamento. Transtornado, ele abasteceu o veículo e com a vítima ao seu lado seguiu para o Rio Grande do Sul. Ele deixou a mulher às margens da rodovia a cerca de oito quilômetros de Torres e retornou para Criciúma. 

Em liberdade – Segundo o delegado, como não houve flagrante, o homem responderá em liberdade por homicídio qualificado por causa da incapacidade de defesa da mulher e ocultação de cadáver. O casal tinha dois filhos, de 10 e 6 anos.