Segurança

Homens são detidos após compra de votos, em Jaguaruna

Foto: Arquivo / Sul in Foco

Foto: Arquivo / Sul in Foco

Oito homens foram detidos pela Polícia Militar – PM, na noite desta quinta-feira, após denúncia de compra de votos, na comunidade de Paulo Cruz, em Jaguaruna. Ao serem abordados, os suspeitos disseram que trabalhavam para um candidato da cidade.

O grupo estava dividido em dois carros, dois veículos Onix, ambos com placas de Minas Gerais. Segundo o Boletim de Ocorrência – BO registrado pela PM, os homens disseram que “os carros foram dados por um senhor para que os mesmos realizassem a compra de votos”.

Ainda de acordo com a PM, em buscas nos veículos foram encontradas quatro facas, uma lanterna de choque, uma peteca de cocaína, uma peteca de maconha e um prato com resquícios de drogas, além de santinhos de um candidato.

A polícia registrou também que com um dos homens, acusado de ameaçar uma pessoa, foi encontrada “uma agenda com valores suspeitos de pagamentos aos autuados”.

Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Jaguaruna. Ainda conforme a PM, por orientação do delegado de plantão, Gustavo Madeira da Silveira, foi feito um termo circunstanciado pelo porte de drogas, ou seja, um registro da ocorrência como de menor potencial ofensivo. A denúncia de compra de votos não foi considerada.

A reportagem procurou o delegado Gustavo Madeira da Silveira. Ele afirmou que não recebeu nenhum caso envolvendo compra de votos. “O que chegou até mim, na verdade, foi que alguns adultos estavam fazendo ameaças a eleitores, e que eles foram levados à delegacia junto com dois carros”, declarou o delegado, por telefone.

Ainda conforme Gustavo Madeira, nenhuma vítima foi levada à delegacia e não havia ameaça caracterizada. “Por isso, foi feito o procedimento apenas em relação à pequena quantidade de drogas encontrada”, explicou.

Sobre o envolvimento com um candidato, o delegado afirmou que os homens, de fato, disseram que trabalhavam para um político. “Eles não negaram que eram cabos eleitorais. Mas trabalhar para candidato não é crime”, disse o delegado.

Com informações do Jornal Diário do Sul