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Homens também devem se vacinar contra o HPV

Na rede pública, meninas entre 11 e 13 anos podem tomar a dose gratuitamente.

Foto: Milena dos Santos

Foto: Milena dos Santos

Os homens também devem se vacinar contra o vírus do HPV (Papilomavírus Humano). A vacina, no entanto, não está disponível gratuitamente na rede pública de saúde e é preciso pagar por ela.

Segundo a gerente da Clínica Luciano Schutz, Maria Lúcia Meller Rovaris Sartoretto, os homens também estão propícios a contrair o vírus.

"Nos homens pode causar câncer no pênis e no ânus. A proteção da vacina é a mesma para mulheres e homens", explicou. Conforme informações do Portal Satc, a pessoa pode contrair o vírus por meio de ralações sexuais e até mesmo pela mão.

Conforme Maria, a procura pela vacina e por informações por parte dos homens é grande. "A orientação é para, tanto homens e mulheres, que procurem um médico especialista para saber qual a vacina pode ser aplicada. Existem dois tipos, a quadrivalente, que protege contra quatro tipos do vírus, e a bivalente que inibe dois tipos", informou.

Vacinação gratuita na rede pública

Para as meninas de 11 a 13 anos, a vacina do HPV é gratuita e está disponível na rede pública de saúde. Conforme a gerente da Vigilância e Saúde de Criciúma, Joice Savi, o vírus é a segunda causa de morte de mulheres com câncer de colo de útero.

"A vacina é somente para mulheres porque são elas que têm colo de útero e ovário, os homens também podem contrair, mas a mulher tem mais probabilidade do contágio", destacou.

Segundo Joice, além de prevenir o câncer do colo de útero, a vacina atua na proteção contra o câncer na vagina e vulva. Na rede pública, é disponibilizada a vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus.

"Ela previne para o futuro, as meninas vacinadas nunca irão contrair o HPV. Mesmo assim, o aconselhável é continuar usando preservativos nas relações sexuais, até porque existem mais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)", ressaltou a gerente da vigilância.

Joice informou que quem tomou a primeira dose da vacina precisa voltar em setembro em alguma unidade de saúde de Criciúma para aplicação da segunda dose. "A terceira é só daqui cinco anos", destacou.

Em Criciúma, já foram vacinadas 3.799 meninas, totalizando 87,94%. A faixa etária que teve maior número de vacinação foram as de 13 anos, que somaram 1359, num total de 104,30%. Meninas de 12 anos foram vacinadas 1.128, 85,64% e 11 anos 1.128, 75,96%.