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Hospital São José não atenderá mais gestantes e bebês a partir de domingo

Foto: Divulgação/Engeplus

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Na tarde desta sexta-feira, a direção do Hospital São José, de Criciúma, comunicou oficialmente a suspensão dos atendimentos a gestantes e recém nascidos nos setores de Obstetrícia e Pediatria, respectivamente. Os serviços serão suspensos a partir das 19 horas do próximo domingo, dia 4. A suspensão é válida tanto para pacientes através do Sistema Único de Saúde (Sus), como para convênios e particulares.

De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada em reunião com representantes do hospital, do Ministério Público Federal (MPF), da Secretaria de Saúde de Criciúma e da Secretaria de Estado da Saúde. Em entrevista a Rádio Eldorado na tarde de hoje, o diretor técnico do São José, Raphael Elias Farias, explicou que o hospital não terá mais capacidade técnica para atender gestantes e recém nascidos porque não haverá corpo clínico disponível para isso.

"É de conhecimento geral que há anos o Hospital São José aguarda a transferência de toda a maternidade e pediatria para o Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC). Foram dados muitos prazos, mas até agora a situação não foi resolvida, não tivemos retorno. Temos uma média mensal de 200 partos, sendo de sete a dez por dia, com poucos médicos na escala, o que inviabiliza o serviço", afirmou o médico.

Conforme o site Engeplus, a partir desta mudança, conforme o secretário municipal de Saúde, Paulo Conti, as gestantes serão orientadas para procurarem instituições em municípios vizinhos. A princípio, segundo Conti, os hospitais São Donato, de Içara; Nossa Senhora da Conceição, de Urussanga; e São Marcos, de Nova Veneza, já estão de acordo para receberem as gestantes, realizarem os partos e oferecerem o suporte necessário para mães e bebês.

Em contraponto, as gestantes consideradas de alto risco serão encaminhadas para hospitais de referência, como o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão; a Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis; e o Hospital Universitário (HU), também em Florianópolis.

A fim de atender a demanda, o secretário adjunto de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, reforçou que esses hospitais vizinhos devem estar preparados para um aumento de 60 a 65% no número de partos realizados a cada mês. "Não queríamos esse fechamento, tentamos de todo jeito reverter a situação, mas ficou mesmo inviável, segundo o corpo clínico. Agora, a principal orientação é para que as gestantes não procurem mais o São José, elas devem ir direto para outro hospital que faça esse tipo de atendimento", destacou Casagrande.