Segurança Pública

A importância do pensamento estratégico na gestão da Segurança Pública

Ulisses Gabriel, delegado de Polícia e presidente da Associação dos Delegados – Adepol/SC

Em tempos não muito remotos, quando se falava em gestão, logo se pensava em empresas privadas, que têm por objetivo obtenção de lucros e desenvolvimento econômico.

Ao que parece, tal pensamento decorre do fato de que os empreendimentos particulares buscam organizar-se para alcançar seus objetivos, através da tomada de decisões racionais e eficientes, baseadas em dados concretos e fidedignos, apresentados através da tecnologia da informação.

Mas será que apenas as empresas privadas devem lançar mão de planejamento estratégico, com a finalidade de prever o futuro e atingir seus objetivos? Acreditamos que não, pois, mais do que nunca, os organismos públicos devem pensar de forma estratégica, pois, no mundo, existem apenas três tipos de organização: as que fazem acontecer, as que que observam as coisas acontecer e as que se surpreendem com o que aconteceu.

Nessa linha, deve o setor público estar no primeiro grupo, fazendo as coisas acontecerem para os milhares de pagadores de impostos espalhados por todo o mundo, em especial no Brasil, onde a pesada carga tributária deveria refletir no melhor serviço público do mundo.

Dessa forma, devem as organizações estatais pensar de forma estratégica, principalmente os órgãos de segurança pública, visando, sempre a melhoria na prestação dos serviços públicos, sempre com vistas ao planejamento e em uma política de resultados da vez mais eficiente.

Antes de qualquer coisa, os órgãos policiais devem ter um pensamento voltado para a estratégia, com a finalidade de melhor a qualidade dos serviços prestados, qualificar seus agentes, valorizando-os individualmente e em grupo, reduzir os custos da máquina pública, rever dos processos que já não mais funcionam e, por fim, buscar resultados para a segurança pública e para a população.

Por isso, vislumbra-se que o pensamento estratégico deve balizar a gestão da segurança para que o processo gerencial seja de alto nível, devendo o gestor, pois, buscar conhecer a fundo os agentes participantes do processo, a história e a conjuntura das corporações que dão sustentação à segurança pública.

Assim, com planejamento e com fortes políticas públicas de policiamento ostensivo, policiamento de inteligência (para que o estado se antecipe aos criminosos) e uma intensa ação investigativa, que vise identificar os chefes do crime organizado, prendê-los e isolá-los (para não continuarem a comandar o crime), além de obrigá-los a trabalhar e a “pagar” por sua “estadia” nas cadeias, teremos resultados eficientes.

Só assim, esse aumento desenfreado da criminalidade, que a cada dia se organiza para alcançar seus objetivos criminosos, tornando a população refém em suas próprias casas, será freado. Na segurança não existem fórmulas mágicas. Existe gestão eficiente, motivação aos servidores e investimentos.

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