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Lideranças que atuam em 18 Comunidades Terapêuticas (CTs) do Sul do Estado estarão reunidas nesta segunda-feira (9), em Laguna, para participar de Capacitação para Inovação na atenção aos dependentes de substâncias psicoativas, no contexto do projeto Reviver. Trata-se de uma página nova neste setor, baseada em conceitos científicos e inovadores e, por isso, está sendo coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Resultado de uma parceria inédita nesta área entre o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa, o Governador Raimundo Colombo autorizou um investimento da ordem de R$ 11 milhões em 2014 para atender à inovação das Comunidades Terapêuticas existentes no Estado de Santa Catarina, com adesão ao projeto. No total, serão oferecidas 1.200 vagas em um ano, sendo 900 para adultos e 300 para adolescentes. Nos três primeiros meses de implantação do Reviver, este índice já chegou aos 50%.
O problema da dependência em substâncias psicoativas é uma chaga que há muito tempo vem batendo na porta da sociedade catarinense, mas é a primeira vez que o Poder Público investe na inovação e conceitos científicos para responder às CTs, tanto no que diz respeito à parte administrativa, quanto nas inovações no processo de convivência terapêutica em busca da reinserção social dos acolhidos. Assim, busca-se construir indicadores e estratégias para que os dependentes de substâncias psicoativas que desejam superar a dependência, encontrem novos modelos de vida em sociedade. Até hoje, as ações nessa área têm sido apenas reativas.
A meta do projeto é gerar tecnologias sociais inovadoras, como a criação de modelo para o programa de acolhimento e fornecer informações relevantes sobre o processo de atenção no Estado de Santa Catarina. Além disso, o processo dará origem a um sistema de informações e um observatório, para oferecer ao Governo subsídios para novas diretrizes políticas e novos modos de condução do processo de atenção de dependentes de substâncias psicoativas.
Decorrerá ainda do processo de inovação a produção de material pedagógico para que as CTs façam cada vez melhor a atenção aos dependentes químicos e, por conseguinte, a sociedade contará com o devido suporte para acolhimento dos dependentes em processo de superação e enfrentamento da dependência. Hoje, no Estado de Santa Catarina, cerca de 700 são os acolhidos em CT com suporte desse projeto de inovação.
A sociedade catarinense, especialmente os mais vulneráveis pela condição social, podem contar, em todas as regiões do Estado de Santa Catarina, com Comunidade Terapêutica para acolher quem desejar este serviço. Decorre também que o investimento do governo define que as CTs devem responsabilizar-se pela melhoria das condições de funcionamento das instituições e, então, desenvolver uma ação solidária de qualidade.