Saúde

Instituto Educação e Vida confirma parcialmente algumas denúncias, em Criciúma

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Divergências e ânimos exaltados marcaram outra reunião entre a administração do Hospital Materno Infantil, o Conselho Municipal de Saúde e a Prefeitura Municipal de Criciúma. O encontro, que trazia análises de novos documentos entregues recentemente, aconteceu durante a noite de ontem, na sede do Sindicato dos Mineiros.

Em uma nova rodada de questionamentos ao Instituto Educação e Vida – Isev, responsável pelo HMISC, e ao Poder Público, algumas das denúncias foram parcialmente confirmadas pelos atuais gestores. Entre elas, os relatos de que médicos estariam fazendo plantões excessivos e de que medicamentos já haviam faltado aos pacientes. No entanto, a procuradora e advogada do Isev, Aurea Pedrozo, justificou que a falta aconteceu a alguns poucos remédios e em situações específicas.

“Houve falta em dois momentos. Um foi quando houve a paralisação dos motoristas em todo o Brasil e a medicação atrasou. A outra foi quando a penicilina faltou devido ao fornecimento do laboratório”, afirma. Apesar das denúncias apontarem 120 horas de plantões, o Isev frisa que seriam de três à quatro dias e apenas para plantonistas do setor de Unidade de Terapia Intensiva – UTI.

Outro tema bastante abordado foi o contrato realizado pela prefeitura de Criciúma junto ao Isev. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jader Westrupp, e a procuradora do município, Erica Guedin Orlandin, representaram a administração negando a possibilidade de licitação restritiva, como é apontado em denúncias.

O edital licitatório teria ficado seis meses aberto a outros gestores. “A Unesc foi uma das alternativas, mas o reitor deixou claro que não queria assumir o hospital. Mas, é claro que estamos fiscalizando e também vigilantes a qualquer irregularidade”, diz Westrupp.

Sobre a competência do instituto como administrador, a prefeitura se manifestou afirmando ter acompanhado outras gestões do Isev. “Não existe irregularidade fiscal contra o instituto, estava tudo em dia”, afirma Erica.

Para a próxima segunda-feira (31), está marcada uma reunião extraordinária entre os conselheiros para apresentar o que já está apurado em relatório e dar um desfecho. Porém o presidente do conselho, Júlio Zavanil, afirma que acha difícil que os encaminhamentos finais sejam feitos na data prevista, pois alguns itens ainda necessitam de comprovações.

Ainda assim, na terça-feira (1), o assunto será apresentado para a Câmara de Vereadores Municipal de Criciúma durante a sessão. Além da falta de remédios, horas excessivas de plantões e a licitação restritiva, o Conselho de Saúde averigua também questões de falta de alimentação na instituição, depósitos irregulares de direitos trabalhistas, além de contas pendentes em outras instituições nas quais o Isev também é gestor. 

Com informações do site Clicatribuna