Geral

Jovem supera limitações após grave acidente

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Muitos jovens gostam de sair às festas para divertir e buscar novas amizades. Essa era a realidade de Maicon Kanaraki até os 20 anos de idade era um jovem extrovertido, gostava de estar entre os amigos e principalmente de sair. Em uma dessas ocasiões, o jovem pegou uma carona com um amigo. Não sabia, contudo, que naquele dia, a vida reservava uma surpresa que mudaria os planos dele. No trajeto até o local da festa, o carro que conduzia Maicon e mais três amigos capotou.

“Eu estava no banco traseiro, quando em uma curva o motorista foi fazer uma ultrapassagem e passou direto caindo dentro de uma vala de mais ou menos três metros”, relata o jovem.

No grave acidente Maicon ficou consciente em todo momento. Com o carro capotado os motoristas que transitavam e as pessoas que moravam próximo ao local, a fim de tentar ajudar os quatro jovens, tomaram a decisão de desvirar o veiculo.

“Tive duas lesões na coluna, uma no capotamento e a outra com o impacto na hora que desviraram o carro”. Maicon ainda ressalta que a atitude de as pessoas desvirarem o veículo foi mesmo na intenção de socorrer. “Fui prejudicado, mas sei que é normal na hora as pessoas querem ajudar”, destaca .

Ele foi encaminhado ao hospital e passou por duas cirurgias. Mas o momento mais difícil ainda estava por vir quando recebeu a notícia de que havia perdido todo movimento das pernas. “Não tinha noção da gravidade do meu problema. Achava que com a fisioterapia logo andaria. Jamais tinha convivido com cadeirantes antes. Depois de um ano, fui caindo na real de que não era tão simples”, recorda o jovem.

Após o acidente, encara o segundo momento crítico de sua vida. Passou a viver isolado, não tinha ânimo para sair e os amigos também se distanciaram. Foi quando começou a participar da Associação Vida Ativa, que realiza atividades auxiliando Traumatizados Raqui-Medular (TRM) ou qualquer pessoa vítima de acidente e que apresente alguma deficiência física.

“A Vida Ativa me ajudou bastante. Nos reunimos uma vez ao mês e sempre há um palestrante especializado. Pois quando sofre um acidente, você fica completamente perdido, porque não sabe lidar com a situação”.

Hoje, Maicon leva a vida normalmente, apesar de seus muitos desafios, e sempre que pode sai com os amigos. Aos 28 anos, o jovem ainda tem esperança de um dia poder voltar a andar.

“Hoje, tenho sensibilidade nas pernas, como calor e formigamento, o que eu não sentia mais após o acidente. Até consigo ficar em pé no andador, mas ainda não tenho movimento nos dedos. Porém, tenho esperança, pois minha medula não rompeu e nem vazou, segundo o médico por isso um dia eu posso voltar a andar”, destaca Maicon, sorridente.

Associação Vida Ativa São José – Com o objetivo de dar um apoio ao traumatizado raqui-medular (TRM), e aos seus familiares, o grupo surgiu em 2006 realizando atendimentos, acompanhamentos, trocando histórias e experiências. Hoje, existem 20 voluntários, dentre fisioterapeutas, psicólogos, médicos, e membros da família dando suporte aos 70 cadeirantes que participam da associação. 

Interessados em participar da entidade ou fazer doações podem entrar em contato pelos telefones (48) 9929-1420 ou (48) 9167-8469. Também através da página no facebook/vidaativa.saojose.

Colaboração: Ana Acordi, Mariana Noronha, Obadias Benones/Acadêmicos do Curso de Jornalismo da Faculdade Satc