Esporte

Júlio César: o craque das duas rodas

Júlio César (Foto: Divulgação)

Júlio César (Foto: Divulgação)

No esporte coletivo, toda equipe tem um jogador diferenciado, o conhecido craque, que geralmente leva estampada nas costas o número dez. No time de Handebol de cadeiras de rodas de Criciúma, tem Júlio César, de 34 anos. Rápido e habilidoso, o paratleta teve a responsabilidade, no último campeonato Estadual da modalidade, de entrar na quadra do ginásio municipal Irmão Valmir Orsi, para defender as cores criciumenses e ser uma das peças fundamentais no esquema do técnico Martinho Mrotskoski para a conquista de mais um caneco de campeão na primeira etapa da competição de 2014.

“O Júlio é um diferencial da nossa equipe, está ainda em crescimento e amadurecimento na modalidade, mas treina forte, dedicado e gosta do que faz. Temos boas intenções com ele no futuro”, comenta Mrotskoski.

Para alcançar a proeza de ser um jogador-referência, é preciso muito treinamento e disposição. Júlio aderiu ao esporte, pois encontro nele um basilar para não cair em depressão logo após o acidente, há nove anos, que tirou o direito de andar.

“No começo foi complicado, não vou mentir. Mas graças a Deus, não entrei em depressão, pois conheci o esporte que me ajudou a superar”, comenta o paratleta.

O handebol é um esporte que necessita de muita energia, pois além de conduzir a cadeira impulsionando as rodas é preciso arremessar a bola ao gol do adversário. Por isso, dedicação, esforço e força de vontade são elementos fundamentais para a prática do esporte. O jogador não esconde a paixão pelo esporte que o ensinou a dar valor nos pequenos detalhes.

“Como ser humano, acho que melhorei muito. Aprendi a dar valor às pequenas coisas”, fala, sorrindo. O próximo passo de Júlio é disputar paraolimpíadas na modalidade de handebol. Com uma convocação para a Seleção Brasileira da modalidade no currículo o sonho está prestes a se tornar realidade

“Já fui convocado para o Mundial de handebol, mas não pude ir devido a uma operação, Mas estou trabalhando para estar na paraolimpíadas”, ressalta o paratleta.

Associação Vida Ativa São José

Com o objetivo de dar um apoio ao traumatizado raqui-medular (TRM), e aos seus familiares, o grupo surgiu em 2006 realizando atendimentos, acompanhamentos, trocando histórias e experiências. Hoje, existem 20 voluntários, dentre fisioterapeutas, psicólogos, médicos, e membros da família dando suporte aos 70 cadeirantes que participam da associação.

Interessados em participar da entidade ou fazer doações podem entrar em contato pelos telefones (48) 9929-1420 ou (48) 9167-8469. Também através da página no facebook/vidaativa.saojose.

Colaboração: Ana Acordi/Mariana Noronha/Obadias Benones/Alunos do Curso de Jornalismo da Faculdade Satc