Geral

Korruga Embalagens assegura pagamento dos trabalhadores

Foto: Gilvan de França/Engeplus

Foto: Gilvan de França/Engeplus

O impasse sobre o pagamento dos salários e dos direitos trabalhistas dos funcionários da empresa Korruga Embalagens, de Içara, que encerrou suas atividades econômicas nessa segunda-feira, terminou nesta quarta-feira, em reunião realizada entre representantes da empresa, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com representantes dos trabalhadores e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

“A representação da empresa está absolutamente empenhada em assegurar os créditos dos trabalhistas, isso facilita o trabalho”, destaca o procurador do MPT,Luciano Lima Leivas, ao garantir que o pagamento dos direitos dos trabalhadores será efeutado. “Os salários referente a setembro, que deveriam de ter sido pagos até o quinto dia útil, serão pagos com a maior brevidade, acredito que até na semana que vem isso já tenha se resolvido”, explica.

Conforme o site Engeplus, o encontro também tratou do encaminhamento de um levantamento do crédito e da capacidade econômica do que resta da empresa, e da liberação dos documentos demissionais aos funcionários. “A estimativa é de que os números finais sejam superavitário a dívida. Solicitamos a liberação das guias para encaminhar o seguro desemprego e a verificação do depósito regular do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para assegurar que os trabalhadores possam ter uma renda nos próximos meses”, complementa Leivas.

A intervenção do MPT e do MTE foi solicitada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), que representa os trabalhadores. “Nós estamos acompanhando a empresa há seis meses, porque estava atrasando os salários e a empresa tinha anunciado o fechamento. Diante da confirmação nos reunimos para buscar o apoio do MPT, para não ter que envolver o judiciário”, explica o vice-presidente da Fetiesc, Carlos de Cordes.

No total são 37 trabalhadores que tiveram os contratos rescindidos. Cordes comemora o resultado da negociação. “Foi positiva. Queríamos sensibilizar a representação da empresa e conseguimos”, complementa.

Conforme o proprietário da empresa, João Pedro Hermann, o problema a cerca dos pagamentos ocorreu devido a um contrato de arrendamento que não foi cumprido pela empresa arrendatária. “Fizemos um arrendamento, a arrendatária não cumpriu o tratado e no dia dez saiu e os funcionários precisaram buscar uma alternativa para garantir seus direitos. Isso automaticamente veio para nós resolver e vamos dar o respaldo necessário”, salienta.

O encerramento das atividades econômicas da empresa, de acordo com Hermann se deu em função da falta de capital de giro que a empresa apresenta diante da inadimplência de seus clientes. “O nosso dinheiro está na mão de pessoas que não nos pagaram, tivemos que arrendar a empresa para ver se conseguimos receber e mesmo assim não conseguimos, então não deu para continuar”, finaliza.