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Lagunenses prestam homenagens a Anita Garibaldi

Foto: Divulgação

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Numa pequena propriedade rural, em Ravenna, na Itália, quilômetros de distância de Laguna, numa noite de agosto de 1849, a heroína Anita Garibaldi respirou pela última vez nos braços do marido guerrilheiro Giuseppe. Nesta segunda, dia 4, às 10h, aos pés da estátua de bronze, os lagunenses farão homenagens a Anita Garibaldi. Passados 165 anos de sua morte, a cidade revive sua história todos os dias, na terra onde nasceu a heroína. “Nossa guerreira, Laguna deve muito a ela”, ressalta o prefeito Everaldo dos Santos.

No Centro Histórico, a imagem de Anita está viva, no artesanato local, no museu e na casa onde vestiu-se de noiva. Uma estátua de bronze com a guerreira vestida para a batalha, armada com um fuzil é uma das atrações para os turistas. 

As crianças são as mais fascinadas pelas aventuras da lagunense. Exemplo da pequena Shaiane Fernandes, 10 anos, que passou horas brincando com os primos ao redor da Anita em formato de bronze. “Ela era valente e corajosa. Brigou com os soldados”, narra a garota, que aprendeu na escola sobre a heroína. 

Anita Garibaldi

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, nasceu em 30 de agosto de 1821, em Morrinhos do Mirim, então município de Laguna/SC, filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. 

De origem simples, casou-se pela primeira vez, em 1835, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos farrapos contra a monarquia, Manoel aliou-se às forças imperiais e seguiu com o exército abandonando sua esposa. 

Ocorre em 1836 a Proclamação da República Rio Grandense, a necessidade de um porto marítimo motiva a tomada da Vila de Laguna. 

No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a Rebública Juliana. 

Aos 18 anos, Ana Maria conhece o italiano Giuseppe, se apaixonam. Garibaldi começa a chamar Aninha de Anita, diminutivo de Ana em italiano. 

Nascia naquele momento a heroína Ítalo-Brasileira, que ao lado do italiano começa a guerrear. Já no combate de Curitibanos em 15 de novembro de 1839, precisa fugir atravessando a nado o Rio Canoas. 

Em 16 de setembro de 1940, Anita tem seu primeiro filho com Garibaldi, vindo a regularizarem sua situação somente em 26 de março de 1842, quando casaram-se no Uruguai. 

Posteriormente, Anita já com três filhos, vai para a Itália onde luta ao lado do marido pela Unificação e Libertação da Itália, frente aos seus inimigos austríacos. Com a derrota foram obrigados a se retirarem em barcos de pesca. 

Alguns caíram em poder dos austríacos, porém o que conduzia o casal Garibaldi encalhou numa praia. Anita e Giuseppe, com alguns companheiros, abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de Ravenna. Anita grávida, com seu estado de saúde precário, veio a falecer, por volta das 19h45min, 4 de agosto de 1849, antes dos trinta anos de idade. Em sua memória foram erguidos monumentos em Roma, Ravenna, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Laguna e Tubarão.

Onde conhecer mais sobre a história da heroína 

Museu Anita Garibaldi

Domingo a domingo sem fechar ao meio dia, das 9h às 17h, localizado na rua Raulino Horn, no centro histórico. 

Entrada: R$ 5,00. Informações e agendamento de visitas na Fundação Lagunense de Cultura, telefone (48) 3646-2542 ou cultura.laguna@gmail.com 

Casa de Anita 

Horário: Domingo a domingo sem fechar ao meio dia – 9h às 17h, ao lado da igreja matriz Santo Antônio dos Anjos. 

Foi nessa casa que Anita Garibaldi vestiu-se para o seu primeiro casamento, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar, em 1835. Foi construída em 1711 e atualmente funciona como museu, com um acervo que lembra a trajetória de Anita e seu romance com Giuseppe Garibaldi.