Geral

Laudo aponta que aborto foi provocado

Foto: Arquivo / DS

Foto: Arquivo / DS

O laudo pericial acerca de um bebê, do sexo feminino, encontrado morto, na manhã do último dia 1º, no Bairro Mina do Mato, em Criciúma, já está com o delegado Fernando Possamai, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – DPCAMI.

Conforme a autoridade policial, com base na documentação, indica-se que o aborto foi realmente provocado, não espontâneo, mas não se sabe de que modo, se por uma medicação ou outro método, por exemplo. A menina tinha entre 30 e 32 semanas de gestação, ou seja, cerca de sete meses.

O bebê também foi expelido do corpo da gestante já sem vida, conforme os laudos que conseguem detectá-la devido à ausência, ou não, de ar no pulmão. Em 2011, no Bairro Ceará, também em Criciúma, o Instituto Médico Legal – IML atendeu um caso semelhante, porém o bebê, com seis a sete meses, do sexo masculino, foi enterrado ainda vivo, após a mãe sofrer um aborto.

O prazo para conclusão do inquérito policial vence daqui dez dias, porém o delegado solicitará mais tempo à Justiça. "Vou pedir a prorrogação do prazo, para mais 30 dias, para concluir o inquérito policial e solicitar apoio da Divisão de Investigação Criminal – DIC) nas investigações. Se vencido mais este prazo e a autoria não estiver definida, será mesmo assim encaminhado ao Fórum, podendo ser reaberto a qualquer momento, dependendo do que surgir de novas informações. É um caso bastante complexo", caracteriza a autoridade policial.

Até o momento, duas testemunhas prestaram depoimento. Foram elas quem encontraram o bebê dentro de uma sacola de papelão, envolto com outra sacola plástica, em meio a outros lixos, às margens da via. Tanto as câmeras de segurança de uma empresa nas proximidades, quanto as da Polícia Militar, pouco auxiliaram na captura de suspeitos.

Vizinhos também informaram desconhecer de alguma gestante recente na localidade, e tanto as unidades hospitalares quanto os postos de saúde informaram à polícia que não atenderam nenhum caso de aborto. Se descoberta, a gestante será indiciada pelo crime, com pena de um a três anos de detenção.

Com informações do Portal Clicatribuna