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Não é só Criciúma, entre as cidades da região, que vê parte significativa da arrecadação comprometida com o custeio de uma unidade hospitalar. Em Lauro Müller, a situação é ainda mais delicada: o município tem um dos únicos hospitais municipais de Santa Catarina e, proporcionalmente, é um dos que mais gastam com saúde em todo o estado. O prefeito, Fabrício Kusmin Alves (PSD), diz buscar uma solução para o hospital a fim de aliviar as contas do município.
No primeiro semestre deste ano, uma média de quase R$ 1 milhão por mês foram dispendidos com saúde pública, segundo a prestação de contas da Prefeitura apresentada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com o Hospital Municipal Henrique Lage, são gastos em média R$ 240 mil por mês.
Segundo o gestor, diversas alternativas já foram estudadas para reduzir essa conta, incluindo convênios com os governos estadual e federal, terceirização. Mas nenhuma delas se mostrou viável juridicamente. “Fizemos licitação e contratamos uma assessoria jurídica para encontrar um caminho. Agora estamos esperando”, revela Alves.
Ele diz já ter percorrido “todos os setores” na Secretaria de Estado da Saúde e no Ministério da Saúde. O hospital, de acordo com o prefeito, tem outro problema: a construção antiga não se enquadra nas exigências da Vigilância Sanitária. Sem o alvará, fica impossível a obtenção de recursos. “Estamos adequando de pouco em pouco, como dá. Para adequar totalmente seria preciso desmanchar todo o hospital e fazer de novo”, comenta.
Segundo o site Clicatribuna, Alves diz que o comprometimento de aproximadamente um terço da arrecadação com o hospital prejudica a capacidade do município de realizar outros investimentos. “Algumas pessoas sugerem fechar o hospital, mas como poderíamos fazer isso? Quando a gente vai lá, percebe que tem muita gente que precisa”, relata o prefeito.
