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Mais de 10 cachorros são envenenados em bairro de Criciúma

Foto: Divulgação / Clicatribuna

Foto: Divulgação / Clicatribuna

Mais de 10 cachorros, tanto de rua quanto de propriedades fechadas, foram vítimas de envenenamento no bairro Vila Zuleima, em Criciúma. Os animais foram encontrados pelos moradores já mortos, ou passando mal, entre a manhã de ontem e o fim da tarde de quarta-feira (21). Conforme a moradora do local, que teve dois de seus cães vitimados com o veneno, Diandra Depieri, ainda não se tem nenhuma pista de quem possa ser o responsável pela matança criminosa dos animais.

Mas, acredita que a substância teria sido deixada junto com algum alimento, em mais de uma rua da localidade. Aproximadamente 10 cachorros já vieram a óbito, enquanto os outros três animais identificados permanecem internados em uma clínica veterinária da localidade. Todos os animais encontrados apresentavam os mesmos sintomas. “Eram animais meus e dos meus vizinhos, mas também de ruas que eram cuidados pelos moradores. Todos vinham vomitando, tremendo e babando".

A veterinária do local onde levamos os animais disse que poderia ser chumbinho. Foi realmente uma matança, inclusive, encontramos passarinhos mortos”, fala. Os moradores alegam que há muito tempo casos de envenenamento não vinham ocorrendo na localidade. Ao ver o que havia acontecido com os seus cachorros, logo os encaminhou para um centro clínico. “Foi só o tempo de eu abrir o meu portão para entrar com o carro e eles saíram para rua. Já voltaram passando mal, vomitando”, conta a moradora.

Na noite de ontem, Diandra procurou a delegacia de polícia para registrar um Boletim de Ocorrência – BO, junto aos demais moradores da localidade. “Alguns dos meus vizinhos possuem câmeras de segurança. Estamos tentando ter acesso para ver as imagens e tentar descobrir quem teria cometido esse crime”, afirma.

Denúncias através da Famcri

Os números de maus tratos de animais registrados em Criciúma são alarmantes. Por mês, somente a Fundação do Meio Ambiente – Famcri, recebe entre 30 e 50 denúncias, dos mais variados tipos de crime. Conforme a fiscal de Meio Ambiente do órgão, Jade Martins Colombim, não é possível contabilizar quantos casos destes dizem respeito a envenenamento. Mas, explica que quando existem provas, fica mais fácil para o órgão fiscalizar.

“Tem que existir alguma filmagem ou vídeo de uma pessoa cometendo o crime ambiental, por que só assim podemos agir. Se não existem provas, o mais indicado é que se faça um B.O como testemunha ocular”, explica. Jade ainda pondera que casos que envolvem maus tratos são bastante difíceis de serem acompanhados. "Existem muitos casos na cidade, mas identificar o criminoso é muito difícil. Acaba ficando muito no “achismo”, narra.

Para conscientizar sobre o assunto, a Famcri também realiza um programa educacional nas escolas, onde o cuidado com o meio ambiente e os seres vivos é enaltecido com os estudantes. Palestras são realizadas tanto com o ensino fundamental quanto com o médio.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna