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Mais de 1,2 mil trabalhadores estão de braços cruzados na região

Foto: Gentil Francisco

Foto: Gentil Francisco

A greve dos trabalhadores ceramistas iniciada às 21h dessa quinta-feira, na Cerâmica Portinari da Quarta Linha, em Criciúma, com adesão dos 800 trabalhadores foi ampliada ontem à tarde para a Eliane Porcelanato, na região de Morro Estevão, com cerca de 400 profissionais. Agora são mais de 1,2 mil trabalhadores parados na região. Na Eliane, foi negociado somente a entrada de uma faxineira, eletricista e mecânico.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região, Itaci de Sá, a greve está positiva com a participação total dos trabalhadores e, o sindicato está aberto para negociação com os patrões. “A categoria está forte e, a mobilização deverá crescer ainda mais com a paralisação para outras empresas onde os funcionários estão ligando e pedindo para o sindicato ir fechar”, explica.

Ainda segundo o sindicalista nos próximos dias deverá ser paralisada a unidade da Eliane de Cocal do Sul, principal travador da negociação, junto com o grupo Cecrisa. As cerâmicas Elisabete e Pierini já acordaram os 10%.

O advogado da entidade, Arlindo Rocha reitera a importância da mobilização dos trabalhadores garantindo que a greve é legal, um direito constitucional e ninguém pode ser admitido ou demitido nesse período. “Esperamos o bom senso dos patrões para acatar a reivindicação dos 10% e encerrar o  protesto”, pondera.

O movimento foi deflagrado após várias rodadas de negociação e rejeição de todas as propostas patronal sendo a última oferecida ontem de 8% para quem recebe até R$ 3 mil e o INPC de 5,56% para os trabalhadores com vencimentos acima de R$ 3 mil até R$ 5 mil. Os demais seriam livre negociação por empresa; 13,6% sobre o piso vigente de R$ 1.144,00 passando para R$ 1.300,00, além de R$ 850,00 de abono. A categoria quer 10% de aumento geral, sendo 5,56% de INPC e 4,44% de ganho real, abono de R$ 850,00 e uma hora de intervalo de refeição para aquelas empresas que fazem 30 minutos como a Eliane, Gabriela e Piso Forte além da manutenção das demais cláusulas sociais.  A data-base em 1º de janeiro.

Um total de 11 sindicatos da região: bancários, metalúrgicos, mineiros de Criciúma, Urussanga, Siderópolis e Lauro Müller, servidores públicos, motoboys, químicos, frentistas, vestuário e comerciários estão apoiando o movimento. O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores de Santa Catarina (NCST), Altamiro Pedrona, veio fortalecer o protesto. São 13 cerâmicas na região concentrada em Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga.

Colaboração: Maristela Benedet