Educação

Mais um ano se passou…

A professora e colunista do Portal Sul In Foco, Ana Maria Dalsasso, traz uma reflexão sobre o fim de ano e os acontecimentos políticos no país.

Imagem: Divulgação

O ano de 2017 está terminando e como de costume faz-se uma retrospectiva dos fatos, atos, atitudes que perpassaram a nação como um todo. Esta volta aos dias passados deveria ser um momento de prazer quando reviveríamos momentos de glória com avanços, conquistas, progressos para a vida de todos os brasileiros. Seria isso possível considerando o caos que o país atravessa?

O espírito de natal está no ar, no coração das pessoas, na inocência das crianças, mas ausente em tantas situações vivenciadas em todas as esferas da sociedade. Falta amor, fraternidade, honestidade, cuidado com o outro, integridade de caráter, respeito, mas acima de tudo atitude para propiciar ao ser humano a dignidade que merece.

Chegamos ao final de um ano conturbado com as denúncias de corrupção, a impunidade escancarada, os desmandos políticos, o país atirado num mar de lama. Estamos vivendo uma verdadeira tragédia nacional, um dos piores momentos na história da república, com total desrespeito aos cidadãos, em especial ao eleitor; ao patrimônio público; às leis.

Renasce a esperança de “a justiça tarda, mas não falha”. Será?

Fala-se em “democracia”, mas se vive prisioneiro da corrupção instalada nos três poderes. Estamos órfãos de pais vivos, pessoas inescrupulosas que nos abandonaram porque a ganância fala mais alto. O poder executivo compra sua permanência no poder; o legislativo cria e aprova suas próprias leis; o judiciário (grande parte) se rende aos criminosos. Uma inversão de valores. O país afunda na maior crise moral já vivida.

Os fatos ocorridos nos últimos dias dão-nos a certeza que dias melhores para o próximo ano são incertos. Recebemos a notícia da prisão de Maluf, pelo roubo de mais de um bilhão de dólares, que vem sendo protelada há mais de 20 anos. Renasce a esperança de “a justiça tarda, mas não falha”. Será? Acho difícil… Não será surpresa se ainda esta semana ele for liberado.

Enquanto isso, no “SUPREMO” , que significa : “o mais importante tribunal de justiça do Brasil; órgão máximo do poder judiciário brasileiro que está acima de todos os outros”, mas que não tem demonstrado seu verdadeiro papel, o ministro Gilmar Mendes vem dando verdadeiro show de falta de caráter e irresponsabilidade em tomadas de decisões que prejudicam os destinos do país. Decide monocraticamente, age de forma arrogante, desrespeita regras, desautoriza autoridades, atende interesses próprios. Nada condizente com os princípios do cargo que ocupa.

Soltar a esposa de Sérgio Cabral, que usufruiu e ajudou nos roubos do marido, alegando que tem filho menor de idade? Não tinha ela filho quando ajudou a roubar? Não se surpreenda se daqui um pouco liberar também Sérgio Cabral que levou o Rio ao caos que hoje se encontra. E Eduardo Cunha, poderá ser também privilegiado? São todas incertezas que nos rondam, pois enquanto o ministro Fachin manda prender Maluf, Gilmar liberta Garotinho… Vergonhoso!

Gilmar Mendes quer acabar com a Operação Lava Jato, focada no combate à corrupção, que conseguiu desmascarar o maior esquema criminoso no país. Por que será? Autoproteção? Vamos aguardar…

Assim, acompanhar a retrospectiva 2017 será uma forma de sofrer mais uma vez… Vamos curtir as alegrias de Natal e pedir ao Menino Deus que abençoe todos os lares para que tenhamos uma verdadeira festa cristã.

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