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Manifestação chama a atenção para o aumento da passagem

Foto: Portal Engeplus

Foto: Portal Engeplus

Com cartazes, apitos e megafones aproximadamente 60 pessoas se reuniram na Praça Nereu Ramos, região central de Criciúma, por volta das 18 horas dessa quarta-feira. Os manifestantes protestaram contra o reajuste do preço da passagem do transporte coletivo urbano de Crciúma, que, se aprovado pelo prefeito de Criciúma,Márcio Búrigo, deve entrar em vigência no próximo dia 13.

Conforme reportagem do site Engeplus, atualmente, o valor pago no cartão é de R$ 2,74 e passará para R$ 3,17. Já na catraca, o preço aumentará de R$ 2,95 para R$ 3,45. Estes valores são considerados abusivos pelo Conselho Municipal de Transportes (CMT). Na catraca, segundo o cálculo realizado pelo conselho, o valor ideal a ser cobrado seria R$ 2,87.

De acordo como o integrante do Conselho Municipal de Transporte, Edgar Generoso, a planilha apresentada pela Autarquia de Segurança, Trânsito e Transporte de Criciúma (ASTC) inclui itens que não deveriam ser calculados, como os benefícios repassados ao sindicato e 1% de auxílio dado aos funcionários. De acordo com Generoso, não procede a informação repassada pela Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), que justifica o reajuste da passagem. O aumento, segundo o presidente do conselho, irá acontecer por causa da redução de 10% do número de passageiros no último ano.

Denominado de catracaço, o movimento foi liderado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e contou com o apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE). Antes do protesto, uma planilha montada pelo CMT foi entregue ao poder municipal. Segundo o presidente do DCE, Vinícius Monteiro, uma proposta que prevê a criação do Fundo Municipal de Transporte para subsidiar a passagem com recursos extraídos de outras tarifas foi incluído na planilha. “Queremos a redução ou a aprovação do bilhetamento eletrônico que estabelece uma média no preço da passagem conforme o número de passageiros”, explica.

Após o encontro na Praça Nereu Ramos, os manifestantes ingressaram no Terminal Central, onde as catracas foram liberadas. Quem passou pelo local ficou surpreso com o movimento. “A passagem está muito cara, mais que a gasolina. O aumento é abusivo”, concordam as estudantes Ana Claudia Miguel e Cristiane Martins, que utilizam o transporte diariamente.

De forma pacífica, a mobilização foi acompanhada pela Polícia Militar de Criciúma. Um novo ato está programado para a próxima segunda-feira, dia 7, às 18 horas. O movimento começará na Praça Nereu Ramos e deverá seguir até a Câmara de Vereadores da cidade.