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Maracajá implanta projeto de prevenção e combate a dependência química

Foto: Itaionara Recco

Foto: Itaionara Recco

Com o constante crescimento de usuários de drogas em Maracajá, profissionais da área da saúde buscam alternativas para atender os dependentes químicos do município. Por ser uma demanda diferenciada foi necessário preparar uma equipe multidisciplinar específica e especializada na área. E assim, a equipe do Departamento de Saúde de Maracajá, composta pelo psiquiatra Eduardo Bohme, psicóloga Adrieli da Silveira Elias, enfermeira Flávia Freitas e assistente social Samara Demétrio, implantou o projeto de prevenção e combate a dependência química.

O Projeto de Prevenção e Combate a Dependência Química – Drogas Lícitas e Ilícitas,  trata-se de um tratamento domiciliar medicamentoso com redução de danos, com o acompanhamento de profissionais da área da saúde.

Segundo o diretor de Saúde, Vilmar Leandro, é importante o atendimento do usuário e de seus familiares, pois devido a dependência química a família fica totalmente desestruturada,  precisando de todo o apoio da equipe multidisciplinar oferecida pelo projeto. "Desta forma o tratamento medicamentoso oferecido pelo município é mais eficaz", destaca.

Para a assistente social Samara Demétrio a droga é um tema emergente,  hoje considerada  uma epidemia. "Para lutar contra isso é que o município de Maracajá desenvolve o projeto, sendo o segundo ambulatório em funcionamento na região", explica.

No momento em que o usuário ou familiar procurar a Unidade de Saúde, será realizada a triagem e encaminhado para o psiquiatra. Após a consulta, a equipe irá inseri-lo em todas as atividades do projeto tais como: atendimento psicológico individual para o usuário, familiares e grupos,  atendimento e visita domiciliar com a assistente social para o usuário e família, a  enfermeira repassará todas as informações sobre as medicações e suas reações. "O projeto consiste em proporcionar um contato mais próximo com as pessoas, para que juntas possam interagir umas com as outras trocando experiências e contribuindo para o tratamento e combate à dependência química", reforça Samara.

A mãe de uma ex usuária de drogas recebeu o apoio da psicóloga quando passou pelo problema com a filha. Hoje, após dois anos, a jovem de 22 anos superou o vício, casou-se e vive uma vida normal. "Mesmo na época tendo apenas a psicóloga a ajuda que encontrei no Departamento de Saúde foi fundamental, pois tanto ela quanto a família precisa desse apoio", afirma a mãe da ex usuária que prefere não se identificar.

A psicóloga Adrieli da Silveira Elias afirma que o trabalho com a equipe multidisciplinar amplia a abrangência e ainda os casos de sucesso. "Foi uma necessidade devido o aumento da demanda", relata Adrieli.  

Fazem parte ainda das atividades do projeto palestras, vídeos para grupo de família, sociedade, escolas, clube de mães, pastorais da saúde, agente comunitárias.

Colaboração: Itaionara Recco