Foto: Divulgação/Rádio Guarujá
Autor do livro “Morro Acima”, que relata a história de 50 atletas que participaram da primeira Mizuno Uphill Marathon, realizada em 2013 na Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, o jornalista Erich Beting afirma que a prova se tornou objeto de desejo dos corredores mais fanáticos. Na visão dele, não existe outra prova semelhante a esta no Brasil.
“A prova virou objeto de desejo daquele corredor mais fanático por todos os elementos que ela reúne. Por ser em uma subida, a questão de ser em um local absolutamente espetacular em que há essa harmonia e convívio entre a natureza e a construção humana. Acaba todo mundo maravilhado com a história, ficando naquela expectativa de poder realizar uma prova única. O grande ponto é esse: não existe nenhuma outra prova de rua como essa no Brasil. Sinceramente, vai ser muito difícil existir algo que seja minimamente parecido por todos os elementos que reúne”, destaca Beting.
Conforme o site da Rádio Guarujá, na visão do jornalista, o mais divertido acabou sendo não a forma como os atletas conseguiram subir, mas, sim, como a cabeça os levou até o topo. Beting ressalta que os únicos relatos que foram diferentes dos de superação de medos e desafios foram dos atletas que terminaram nas primeiras colocações, já que estes estavam muito bem preparados, na opinião do autor.
Ele ressalta a dificuldade que a prova tinha por ser de subida. “Por si só, correr uma maratona é uma tarefa que exige muito da pessoa. Quando você fala na possibilidade de fazer isso em subida, a situação fica mais tensa. Geralmente, as grandes maratonas são realizadas em cidades planas e no nível do mar. Quando você pega uma altura dessas, terminando quase a 1.500 metros, o próprio corpo já sente um pouco mais esse esforço”, comenta Beting, que diz que os atletas brincam entre si, chamando uns aos outros de “sobreviventes” da prova.
Sobre os mesmos atletas, entretanto, ele lembra que muitos deles acabaram ficando tristes por não terem a oportunidade de desfrutar das paisagens da Serra durante o percurso. O autor recorda que um forte nevoeiro surgiu no dia da maratona.
Primeira maratona que virou livro
Após a conclusão do livro “Morro Acima”, Beting comentou que se deu conta de que aquela se tornou a primeira maratona que virou livro. Ele ainda pontua que, por esses e outros fatores, o retorno do público foi muito bom.
“A receptividade que tive depois do livro, algo que não esperava mesmo, foi a quantidade de pessoas que vieram me procurar pelas redes sociais querendo o livro dizendo que vão participar da edição deste ano ou já colocaram na cabeça que vão querer participar nos próximos anos”, festeja o jornalista.
Beting lembra que a ideia da criação do livro surgiu logo após a Mizuno ter decidido fazer a prova, com a própria marca solicitando uma forma de eternizar a corrida.
A segunda edição da Mizuno Uphill Marathon ocorrerá em 19 de setembro deste ano, novamente na Serra do Rio do Rastro, e o jornalista não descarta que “Morro Acima” ganhe uma nova edição. “Não é uma má ideia. Não conversamos direitinho ainda. Estamos no rescaldo do lançamento do livro, mas é uma hipótese a conversar. Todo mundo tem falado isso, perguntando se vem uma segunda edição. Se for para fazer 300 entrevistas, que é o número de gente que vai estar lá, vai demorar bastante para conseguirmos terminar este livro, porque é muita história para contar”, finaliza Beting.
O livro pode ser adquirido através do site Máquina do Esporte.
