Saúde

Médicos terão que justificar escolha por cesárea

A opção em fazer uma cesariana ou parto normal, muitas vezes vem da vontade da mãe, que também deve ser considerada, caso tudo esteja bem

Foto: Arquivo Pessoal / Notisul

Foto: Arquivo Pessoal / Notisul

Os médicos serão obrigados a justificar a escolha por cesáreas realizadas e os planos de saúde poderão se recusar a pagá-las caso avaliem que o procedimento foi desnecessário. As medidas fazem parte de um pacote anunciado nesta semana pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para estimular a realização de partos normais e diminuir o número de cesarianas.

Na rede privada, a cesariana representa 84,6% dos partos, já na rede pública o índice é de 40%, bem acima dos 10% recomendados como taxa máxima pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “É inaceitável a epidemia de cesarianas que temos em nosso país”, destaca o ministro da saúde, Arthur Chioro.

Uma das novas regras, que passará a valer em seis meses, obriga os médicos a preencherem um partograma, documento que traz informações do desenvolvimento do parto da paciente e que será requisito para que profissionais e hospitais recebam os pagamentos dos planos de saúde.

“Durante toda a minha gestação trabalhei a ideia de realizar novamente um parto normal, como fiz com minha primeira filha. No segundo filho, como não havia dilatação, fiz vários exames e depois de sete horas é que me encaminharam para a cirurgia. Fiz uma cesariana, mas o parto normal é sempre melhor”, conta a mãe de Henry, de 2 meses, Augusta Toni Gonçalves, em entrevista ao site Notisul.