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Mineiros começam a retornar ao trabalho na região

Foto: Douglas Saviato/Arquivo Engeplus

Foto: Douglas Saviato/Arquivo Engeplus

Mineiros que estavam em greve retornam ao trabalho gradativamente a partir desta quarta-feira. Nesta manhã, profissionais das carboníferas Metropolitana, Belluno e Rio Deserto, de Treviso e da Metropolitana, de Içara e Criciúma voltaram às atividades. Dos três mil mineiros que estavam de braços cruzados, 900 permanecem sem trabalhar nesta quarta-feira. No entanto, estes profissionais devem sinalizar pelo fim da greve em assembleias ao longo do dia.

Às 9horas, em Lauro Müller, o sindicato se reuniu com os trabalhadores que, segundo o presidente da Federação dos Mineiros, entidade que representa os três Estados do Sul do país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Genoir José dos Santos, sinalizaram pelo fim da paralisação. Às 14 horas, outra reunião será realizada, mas com o sindicato de Forquilhinha. “Provavelmente, os trabalhadores que ainda estão parados irão decidir pelo fim da greve”, aponta.

Conforme o site Engeplus, nas carboníferas Belluno e Rio Deserto foi acordado 10,5% de aumento salarial, sendo 4,65% de aumento real, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os trabalhadores irão receber vale alimentação no valor de R$ 105 e abono de férias de R$ 1,1 mil. Já o seguro de vida dos funcionários ficou acertado que as empresas irão pagar 50% e os trabalhadores mais 50%. Para os trabalhadores que ganham acima do piso salarial, o reajuste ficou em 7,5%.

Na Carbonífera Metropolitana, o reajuste ficou em 11,75% retrativo a janeiro, sendo que a partir de julho, os trabalhadores irão receber mais 1,25% de aumento. Para quem ganha mais que o piso, o reajuste ficou em 10,5%. A Metropolitana irá pagar 100% em relação ao custo de vida. O vale alimentação ficou no valor de R$ 105 e o abono de férias em R$ 1,1 mil. 

Até ontem, 80% da produção de carvão destinada para Tractebel Energia, em Capivari de Baixo, estava comprometido. A distribuição voltará ao normal gradativamente. Segundo o presidente da federação, os percentuais não atingiram as reinvindicações da categoria. “Mas foi aquilo que conseguimos conquistar dos donos das carboníferas. Os mineiros entendem que devem voltar ao trabalho e os orientamos para isso”, conclui dos Santos.