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Mineiros não aceitam proposta patronal e greve continua

Após sete horas de audiência, trabalhadores não entram em acordo de dissídio

Foto: Arquivo/Engeplus

Foto: Arquivo/Engeplus

Ainda não houve acordo entre a classe trabalhadora e o sindicato patronal do setor carbonífero, referente ao dissídio 2014. Nesta sexta-feira, uma audiência foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e a classe trabalhadora não aceitou outra contraproposta, continuando com a pedida inicial de 10% de aumento real mais a inflação (INPC) de 5,56%, em um total de 11,56% de aumento total.

“Esse aumento que eles pedem é irreal. Hoje, após mais de sete horas de audiência eles ainda insistem nesse número irreal, sendo assim não houve acordo. Esse número que eles pedem é mais de 180% acima da inflação e não tem como ser absorvido pelas empresas”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria e Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Ruy Hülse.

O sindicato patronal fez uma proposta de reajuste de 5,56% de inflação (INPC) mais 1,44% de aumento real, totalizando 7% de aumento. “Vamos agora aguardar a decisão do TRT referente ao dissídio coletivo. Esperamos que até o fim da próxima semana saia o resultado”, explica Hülse. Como o acordo entre as partes não ocorreu, a greve do setor carbonífero da região da Amrec deve prosseguir.

Saiba mais:

Cerca de 1,5 mil mineiros do sindicato de Siderópolis estão com as atividades paralisadas na região. Os profissionais estão em greve desde a zero hora da última quarta-feira, como ficou acordado em assembleia no último sábado. Os profissionais dos sindicatos de Criciúma, Forquilhinha, Lauro Müller e Urussanga, que somam três mil trabalhadores, irão cruzar os braços à zero hora da próxima segunda-feira.