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Moradores do Pinheirinho protestam contra as mudanças de trânsito

Entrar e sair do Jardim Angélica e Alto Pinheirinho está cada vez mais difícil

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

No início de fevereiro, a Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (ASTC) fez algumas mudanças no trânsito na região do Pinheirinho. O objetivo era desafogar o fluxo de veículos, o qual é grande devido, principalmente, às escolas e a universidade instaladas na região. No entanto, as alterações complicaram a entrada e saída do Jardim Angélica e Alto Pinheirinho. Insatisfeitos há mais de dois meses, os moradores resolveram protestar nessa segunda-feira.

Conforme o site Engeplus, com faixas e megafones, em torno de 50 pessoas bloquearam a passagem de veículos nos dois sentidos da avenida Centenário, na altura do colégio estadual Marcos Rovaris (apenas referência). O bloqueio foi feito de dez em dez minutos em cada sentido da avenida, isso das 18 até as 19 horas, período com maior fluxo de automóveis naquela região. A Polícia Militar prestou apoio no local.

O casal Jucemar Dias e Maria Gorete de Medeiros Dias mora no Alto Pinheirinho há mais de 30 anos. Eles reconhecem que o trânsito está mais complicado nos últimos anos, mas destacam que a situação ficou muito pior depois das mudanças feitas pela ASTC. No caso deles, sair do bairro para ir ao trabalho no começo da manhã e voltar para o bairro no fim da tarde está, pelo menos, 30 minutos mais demorado em cada percurso. Eles usam a rua Padre Mario Labarbuta para acessar a avenida Centenário.

"Agora dependemos da boa vontade dos motoristas que param e nos deixam entrar na fila na Centenário. Isso de manhã, pois no fim da tarde, na volta para casa, o problema é maior, temos que dar uma volta enorme para conseguir acessar o bairro de novo", lamenta Maria Gorete.

As alterações no trânsito também dificultam a rotina da família de Arina Cornélio Crispim, moradora do bairro Jardim Angélica há 20 anos. Ela ressalta que a filha precisa andar muito mais para pegar a van para o trabalho, pois o veículo não passa mais perto da casa dela devido ao trânsito lento. "Sem contar a ida das crianças para a escola, ou quando a gente quer ir na missa, no mercado. Não é só para os motoristas que piorou, também está pior para os pedestres", salienta Arina.

O vice-presidente da Associação de Moradores do bairro Alto Pinheirinho, José Amaral, afirma que são três reivindicações: a retirada do semáforo direito na rua Nicolau Destri Napoleão, a retirada da rótula construída logo após a Satc e a transposição do segundo muro também na rua Nicolau Destri Napoleão, o qual dificulta a passagem de pedestres.

De acordo com o presidente da Associação, Ricardo Vitorino, os moradores já procuraram a ASTC, mas nada foi resolvido. Eles aguardam uma resposta da Autarquia ou da prefeitura de Criciúma sobre possíveis soluções para o problema. "Caso não haja manifestação, vamos fechar a avenida novamente ainda nessa semana. Precisamos alertar as autoridades e conscientizar a população. Do jeito que está, não pode continuar", finaliza Vitorino.