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Moradores pedem banheiro e desconto de 50% na balsa, em Laguna

A travessia é, para muitos, um atrativo turístico, já para quem navega cerca de 300 metros na Lagoa Santo Antônio dos Anjos quase todos os dias para o trabalho, é um dividendo indiscreto no orçamento.

Foto: Elvis Palma / Divulgação

Foto: Elvis Palma / Divulgação

Moradores das comunidades da região da ilha, que compõe a Ponta da Barra, Passagem da Barra, Campos Verdes, Santa Marta, Canto da Lagoa, Cigana e Farol de Santa Marta, em Laguna, pretendem se reunir e discutir, amanhã, com autoridades políticas do município e com representantes da Laguna Navegação, empresa que administra o transporte nas balsas, um desconto de 50% para realizar a travessia do canal da barra, na Lagoa Santo Antônio. A expectativa é que o encontro ocorra a partir das 9 horas, no atracadouro da balsa. A tarifa para o transporte de veículos leves, como carros e vans, por exemplo, sai pelo preço ‘salgado’ de R$ 12,00. 

A presidente da União das Associações de Pescadores da Ilha – Uapi, Maria Aparecida dos Santos Ramos, a Cida, esclarece que a última reunião entre moradores, prefeitura e representantes da empresa foi realizada em outubro do ano passado, e foi justamente para debater este desconto. “Esperamos que agora possamos, enfim, chegar a um acordo. Caso isso não seja possível, faremos uma manifestação. Desta forma, ninguém poderá utilizar a balsa. A nossa reivindicação não é somente pela redução de 50% aos moradores das localidades citadas, mas por um abrigo enquanto aguardamos, um estacionamento e um banheiro”, solicita.

No fim do ano passado, foi feito um levantamento dos moradores da região da Ilha. Um documento foi encaminhado aos representantes da prefeitura com o nome dos futuros consumidores que poderão ter este direito de desconto.

O gerente da Laguna Navegação, Glademir Antonio Brustolon, conta que foi criada uma lei, há dez anos, para que pudesse ser estipulado um preço diferenciado aos que residiam na Ilha. Entre 2006 e 2007, os 50% de desconto foram promovidos.

“Porém, na ocasião, o valor não foi recomposto pela prefeitura e uma decisão judicial definiu o ato como inconstitucional. Não podemos fazer isso novamente. Ninguém arcará com a conta depois”, alerta o empreendedor.