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Motoristas fecham os três terminais de ônibus de Criciúma

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

O Sindicato dos Motoristas fechou, por volta das 9h, os três terminais de ônibus de Criciúma. Os ônibus voltaram a circular apenas por volta das 11h. A intenção do grupo é chamar atenção de governantes e patrões para a situação de trabalho dos motoristas e os altos valores cobrados pelo transporte público.

De acordo com o presidente do Sindicato, Celeir Cândido, o Gargamel, os trabalhadores pedem aumento da inflação mais 5%, além de melhorias no banco de horas e intervalo de três horas. ,"Eles querem aumentar a passagem, passar pra R$ 3,70 no dinheiro, que é um absurdo, e não olham pras necessidades dos motoristas", reclamou Gargamel.

Encerrado o protesto, o Sindicato dos Motoristas de Criciúma espera ser chamado pelos representantes das empresas para negociar, o que ainda não aconteceu.

Conforme o assessor do Sintracril, Ricardo Freitas, que fazia protestos com um carro de som, o grupo está há três meses tentando negociar, porém até o momento nenhuma resposta teria sido dada. “Essa jornada abusiva causa descontentamento e cansaço dos motoristas, o que coloca a própria comunidade em perigo. Não só motoristas, mas também cobradores, ficam sobrecarregados e predispostos a conflitos no trabalho”, afirmou.

A intenção, conforme Freitas, é chamar a atenção sem prejudicar demais a população. “Não queremos prejudicar os usuários do transporte, pois eles estão pagando também esse preço absurdo por um serviço de má qualidade. Eles são do povo como nós, pois nossa família também utiliza os ônibus. Sabemos que é complicado”, comentou.

O serviço foi reestabelecido, de acordo com o assessor, para não gerar aglomeração por conta do horário de saída de escolas e empresas.

Representantes dos sindicatos dos metalúrgicos e dos mineiros estiveram na mobilização em apoio aos motoristas.

Usuários reclamam

O que podia ser percebido durante a paralisação dos terminais era preocupação e descontentamento por grande parte dos usuários do transporte. A aposentada Teresinha Alves, de 53 anos, mal podia acreditar que ficaria sem poder voltar pra casa. “Acho ruim esse tipo de ação, pois nos pega de surpresa. Eu saí às 6h de casa para ir ao médico e estou de jejum até agora. Estava voltando para casa e agora vou ter que esperar aqui mais duas horas”, comenta descontente.

Com informações do Portal Clicatribuna