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Mulheres da Afasc participam do primeiro encontro de Inclusão Produtiva

Parceria entre a Afasc e a Unesc terá duração de dois anos, com o intuito de desenvolver as potencialidades dos grupos e colocá-los no mercado de trabalho

Dona Terezinha da Costa Machado, de 62 anos, participa do Clube de Mães do bairro Jardim União há três anos. Desde o ano passado, o grupo tem buscado alternativas de renda com a produção, sob encomendas, de fantoches. Ela, que recebe um salário mínimo e conta com o aposento do marido para sobreviver, afirma que a participação no grupo de Inclusão Produtiva ajudou no financeiro da família e, o que considera mais importante, no psicológico. “Com as encomendas que recebemos o nosso grupo ficou mais forte e unido. Fortaleceu as amizades e ainda rendeu dinheiro para todas”, comentou. Dona Terezinha revela que o maior gasto da família é com remédios, o que compromete quase todo o salário. “Ano passado, com o que arrecadamos no grupo, consegui reformar a minha cozinha. O que não conseguia fazer há anos”, desabafou.

Com a parceria firmada entre a Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) a realidade de 69 mulheres poderá ser transformada. Na manhã desta quarta-feira (18) foi realizado no Centro de Convivência da Terceira Idade o primeiro encontro dos Grupos de Inclusão Produtiva da Afasc. Na parceria a Unesc orienta o departamento de Clubes de Mães/Inclusão Produtiva e os seis grupos que aceitaram o desafio. Conforme o coordenador do Programa de Ações e Economia Solidária (PAES), Joelcy de Sá Lanzarini, em outubro do último ano a Afasc buscou a parceria da Unesc e o projeto de extensão foi aprovado. Até dezembro de 2015 duas acadêmicas acompanharão os trabalhos e darão todo auxílio necessário aos grupos. “A nossa expectativa é que até o fim do projeto consigamos atingir o mercado de trabalho com produtos de qualidade, fidelização de clientes e, claro, que tenhamos contribuído para levar cidadania às participantes”, considerou o coordenador.

A participante do grupo Imperatriz Quadrangular, Rosane Brasil de Oliveira, é uma das que mais batalhou para que as mulheres da comunidade fizessem parte da Inclusão Produtiva. “Eu estou participando por motivação. Isso me faz bem. Sei que muitas precisam de uma renda extra, mas a minha busca é pela satisfação pessoal”, avaliou.

A técnica de Inclusão Produtiva da Afasc, Elizandra Alves do Nascimento, informou que deste primeiro encontro foram avaliadas as potencialidades de cada grupo, os problemas e, também, a escolha das representantes. “Com as datas e horários estipulados, vamos fazer as visitas nos bairros para auxilia-las e verificar qual será o tipo de produção”, explicou. Ela informa que um novo encontro ficou programado para o dia 1º de julho, às 8h30min, novamente no Centro do Idoso.

Para a coordenadora da Assistência Social da Afasc, Naiany Colombo Dias, este é um grande desafio para a Afasc e promete gerar muitos frutos. “Queremos trabalhar o protagonismo das mulheres através do artesanato. Seja com o despertar da criatividade ou em comportamento, com autonomia e empreendedorismo”, ressaltou. Para completar o encontro, o coordenador do PAES fez uma relação das oportunidades com o tempo que um fósforo fica aceso. “Se unirmos diversos fósforos a chama ficará acesa por mais tempo. Então todas essas mulheres juntas terão mais oportunidades e serão mais fortes, que se estiverem sozinhas”, complementou.

Colaboração: Jussi Moraes/Comunicação Afasc

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