Economia

Na produção da batata suíça, a realização do negócio próprio

Toca da Batata abriu as portas há quatro anos em Criciúma, com a ajuda da Credisol, e deve se tornar franquia em breve

Foto: Samira Pereira

Foto: Samira Pereira

O sonho de Valsi Mazzetto sempre foi o de montar o negócio próprio. E para isso, ele queria algo diferente, inovador. “Foi aí que eu lembrei das batatas suíças que havia experimentado em Curitiba, há mais de 20 anos. Quando tinha um tempo em casa, costumava cozinhá-las. Então pensei: por quê não fazer numa escala maior?”, conta o empreendedor. Após realizar alguns testes de mercado, montar o planejamento para uma futura marca e aplicar questionários, Mazzetto resolveu, com apoio da família, abrir a Toca da Batata.

No início do negócio, o criciumense só fazia entregas, mas a aceitação do produto foi tão boa que em três meses teve que abrir um espaço para receber os clientes. “Eu não tinha todo o capital necessário para realizar o investimento e para completar o que faltava procurei a Credisol. A instituição me disponibilizou crédito de forma rápida e sem muita burocracia. Era a ajuda que eu precisava para realizar o sonho de ter meu próprio empreendimento”, conta ele.

Mazzetto planejou e com os resultados observados decidiu investir mais no negócio. Durante um ano, antes de abri-lo, fez testes de campo com 600 pessoas para verificar a aprovação dos futuros consumidores, além de realizar uma série de questionamentos. “Eu queria algo diferente, e sabia que, justamente por isso, os clientes não viriam semanalmente, como fazem numa pizzaria ou numa lanchonete, por exemplo. A proposta inicial era de que se o consumidor voltasse à Toca da Batata a cada 90 dias, já teríamos atingido o nosso objetivo, o nosso ponto de maturação. E em quatro anos conseguimos alcançá-lo”, conta o proprietário.

Hoje, com seis funcionários e 29 recheios diferentes nas batatas suíças, a empresa serve, também, iguarias como entrevero feito em um disco de arado durante o inverno e carne de rã. “Já somos referência nesta área”, garante. Todas as opções gastronômicas, lembra, seguem o mesmo critério de apresentar produtos diferenciados e um ambiente acolhedor ao público consumidor.

Após quatro anos de muito trabalho e dedicação em tempo integral, a empresa se tornou a principal fonte de renda da família, e deve se transformar franquia em breve. “Até o início do ano que vem queremos montar uma estrutura padronizada e um manual de procedimentos para começar a vender a marca. O aporte da Credisol foi importante para viabilizar as melhorias que eu precisava fazer aqui, e tenho certeza de que quando eu precisar novamente a instituição estará lá para me auxiliar”, pontua.

A Toca da Batata fica localizada na rua Mansueto Costa, número 40, no bairro Santa Bárbara, em Criciúma. Aberto todos os dias da semana, das 16 horas às 23h30min, o estabelecimento também faz entrega a domicílio. 

Credisol oportuniza crescimento aos microempreendedores da região

O microcrédito já auxiliou muitas famílias. O valor, que pode parecer pequeno para algumas pessoas, significa muito para aquelas que trabalham por conta própria, formal ou informalmente, que estão à margem do sistema financeiro tradicional. Por este motivo, foram estruturadas e abertas instituições como as OSCIPs de Microcrédito (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Na região, a Credisol é a responsável por desenvolver tal trabalho.

A Credisol teve seu processo de constituição iniciado em 1999 e foi coordenado pela Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina AS (Badesc). Ela atende exclusivamente as microrregiões da Amesc e Amrec, oportunizando crédito de forma simples para empreendedores de atividades produtivas de pequeno porte, como costureiras, cabeleireiras, manicures, pintores, pedreiros, faccionistas, autônomos, consultoras de cosméticos, comerciantes e prestadores de serviço em geral. 

De acordo com o coordenador regional, Eduardo R. Manenti, a instituição oferece mais do que o crédito. Ela oportuniza orientação técnica para que os recursos obtidos sejam aplicados da melhor maneira, conseguindo potencializar as chances de sucesso dos pequenos negócios. “Mesmo na informalidade nós enxergamos estas atividades como empresa, pois elas assumem riscos, têm necessidade de investimento e ativam a economia local. Acreditamos também que não basta somente o crédito, é preciso orientar” coloca Manenti.

Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação