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Nona Olinda completa 100 anos de vida

Foto: Gabriela Recco

Foto: Gabriela Recco

A mulher mais idosa de Morro da Fumaça completou nesse domingo 100 anos de idade. A comemoração com familiares, vizinhos e amigos foi celebrada com uma missa, pelo padre José Cipriano, com animação do Coral Vá Piensero, em sua residência, na localidade de Estação Cocal. Olinda Soratto Bortolin nasceu em 23 de fevereiro de 1914, em Ribeirão da Areia, Urussanga, e ainda criança passou a morar em Estação Cocal. Aos 23 anos, casou com Flavio Bortolin, já falecido, com quem teve seis filhos: Adeniria, Adenor, Adenides, Adeneiva,Adeleio e Adecir. Atualmente, Olinda conta com 26 netos, 23 bisnetos e a caminho, a primeira tataraneta.

Lúcida e saudável, dona Olinda relembra histórias com facilidade. Recorda sorrindo do dia em que perdeu o tamanco no caminho da missa. “Eu ia de tamanco até bem perto da igreja, para não estragar o sapato. Um dia escondi o tamanco e não achei mais, tive que voltar para casa descalça. Eu não podia estragar o sapato”, conta sorrindo.

À luz de querosene, ela aprendeu a profissão que a deixou famosa na região, costureira. “Costurei até uns 80 anos, depois não conseguia mais fazer o zigue-zague”, brinca. Dona Olinda ainda lembra que a chegada da energia elétrica facilitou o trabalho. “Foi uma alegria, enxergava tudo”. Além da costura, a centenária trabalhou por muito tempo na lavoura.

A fé sempre esteve presente em sua vida. “Não saio da cama sem antes rezar o rosário. Gosto também de assistir a missa pela televisão e pelo rádio”, conta a devota de Nossa Senhora Aparecida. Até pouco tempo atrás, era ela que cuidava da igrejinha de Santo Antônio, o Capitel, que fica na comunidade. Das brincadeiras de criança com as amigas, dos bailes que só ia acompanhada da mãe e ao primeiro beijo do marido, dona Olinda disse, simplesmente, se sentir bem ao chegar ao centenário de vida. “Como de tudo e estou feliz”.

Colaboração: Gabriela Recco/Imprensa Morro da Fumaça