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Nova rodada de negociações acontece nesta terça-feira

Foto: Douglas Saviato/Arquivo Engeplus

Foto: Douglas Saviato/Arquivo Engeplus

A greve dos mineiros pode terminar nas próximas horas. Conforme o site Engeplus, nesta manhã, a classe patronal se reúne para apresentar uma contraproposta aos trabalhadores, que começaram a paralisar as atividades no último dia 6 de março. Outros pararam os serviços nessa segunda-feira. Ao todo, três mil funcionários estão em greve.

Conforme o presidente da Federação dos Mineiros, entidade que representa os três estados do Sul do país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Genoir José dos Santos, o número de profissionais parados corresponde a 70% da produção de carvão destinado para Tractebel Energia, de Capivari de Baixo.

Nesse fim de semana, alguns mineiros que haviam aderido ao movimento na última semana voltaram aos trabalhos. Santos explica que os mineiros da Carbonífera Catarinense, de Lauro Müller, e da Mineradora Comin, de Siderópolis, aceitaram a proposta de 12,7% de reajuste no piso salarial, sendo 6,7% de ganho real, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumido (INPC). Outras faixas salarias, aqueles que ganham acima do piso, aceitaram o reajuste de 4,21% de aumento real, mais 5,46 de INPC.

Os profissionais da Carbonífera Belluno, de Lauro Müller e Treviso; da Rio Deserto, de Criciúma, Treviso e Içara; da Metropolitana, de Treviso; da Carbonífera Gabriela, de Siderópolis e da Carbonífera Criciúma, de Forquilhinha, estão de braços cruzados. Segundo Santos, a classe trabalhadora baixou o percentual de reajuste, passando de 10% de ganho real para 5,56%, mais INPC, totalizando 11,42% de aumento.

“Os sindicatos de Criciúma e Siderópolis marcaram assembleia às 15 horas desta terça-feira. Lauro Müller e Forquilhinha ainda não confirmaram assembleia. Esperamos uma contraproposta boa da classe patronal para que nós possamos levar os valores aos trabalhadores, que vão sinalizar ou não pelo fim da greve”. 

Para o presidente do Sindicato da Indústria e Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Ruy Hülse, o valor ainda é elevado. “O sindicato iniciou com uma reinvindicação de 10%, baixou para 7,5% e, agora, a proposta é de 5,56%. Vamos fazer uma análise nestes valores, mas o número ainda está muito alto. Somente após a reunião teremos novidades", pontua.