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Nova variedade de mandioca promete fomentar a economia na região

A agricultura é uma área de constante crescimento no país. Profissionais ligados a este segmento se dedicam para a melhoria do setor, desenvolvendo produtos com maior qualidade e rentabilidade para os produtores rurais. Esse é o caso da mandioca luna e sambaqui, que foram apresentadas aos agricultores na tarde desta quinta-feira (07/08), na Estação Experimental da Epagri, em Urussanga. Pesquisas mostram que o Brasil é o terceiro maior produtor de mandioca do mundo e em Santa Catarina ocupa a 12º posição com uma porção anual de 500 mil toneladas.

A análise foi realizada pela Estação Experimental de Urussanga, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca; Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri e Gerência Regional da Epagri da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional – Criciúma.

Por meio de apresentações, os engenheiros agrônomos mostraram o processo de criação e desenvolvimento das novas variedades de mandioca. Como também as vantagens de utilizá-la como opção de plantio.

“Foram dois anos somente na análise de plantio. Em duas safras consecutivas conseguimos perceber o diferencial que este produto representa”, explica o engenheiro agrônomo, Alexsander Moreto. E complementa. “As pesquisas e testes foram realizadas através de cruzamentos genéticos entre as espécies de mandioca já existentes com o auxílio de técnicas e conhecimentos científicos”, explica.

Ele salienta ainda que, em linhas gerais, para que haja sucesso no plantio de mandioca é necessário uma boa condição climática, solo específico, análise correta do período necessário para plantio, dentre outros.

“É um produto que requer cuidado, pois é um pouco delicado. Essas novas variedades desenvolvidas possui também este diferencial de ser mais resistente aos solos e também as bactérias”, ressalta Moreto.

Para o desenvolvimento das novas variedades, os engenheiros contaram com o apoio de alguns agricultores que se disponibilizaram a ceder um pedaço das terras para o experimento.

“Acreditei e deixei que plantassem em minha terra. Percebi que é um produto de qualidade e vi uma grande diferença comparado com as outras variedades da mesma espécie. Inclusive o que antes eu colhia 10 toneladas por hectar, hoje eu alcanço até 30 toneladas”, salienta o produtor Jorge Nereu, de Sangão.

Entre o processo de adequação a legislação, pesquisa científica e desenvolvimento laboratorial para o lançamento dos cultivares de mandioca luna e sambaqui, foram 10 anos de trabalho. O secretário de estado de desenvolvimento regional, João Rosa Filho Fabris, parabeniza os profissionais.

“O trabalho que é realizado com paciência e perseverança sempre tráz bons resultados e desta vez não poderia ser diferente. Através da dedicação dos engenheiros, os produtores podem aderir a nova variedade e assim ganhar na qualidade, quantidade e também financeiramente”, ressalta.

Fonte de desenvolvimento econômico e geração de emprego

Devido a alta resistência aos fatores climáticos, solo e outros aspectos importantes que compõem o processo de plantio, o novo produto pode alavancar ainda o desenvolvimento da região. Segundo o diretor de pesquisa da Epagri, Luiz Antonio Palladini, a agricultura familiar necessita ser destaque no Estado e para que isso aconteça é necessário desenvolver bons produtos.

“Quando falamos em desenvolvimento de novos produtos, falamos em mais renda, geração de emprego, lucro e indústria satisfeita. Agradeço esses profissionais que se dedicam ao setor e saliento que ainda vai haver um investimento significativo direcionado a esse segmento como a construção de salas de pesquisas, máquinas e todo material necessário para o desenvolvimento de outros produtos”, afirma Palladini.

Estima-se que o segmento da farinha de mandioca conta com 340 engenheiros e empresas empacotadoras espalhadas em 51 municípios do Estado. Estas indústrias geram, pelo menos, 1360 empregos diretos. Os segmentos do polvilho gera outros 180, já o da fécula de mandioca é responsável por outros 200 postos de trabalho.

Colaboração: Diego Colombo/Comunicação SDR-Criciúma
 

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