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Número de usuários do Bolsa Família cai em Criciúma

Foto: Divulgação

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O número de usuários do programa federal Bolsa Família vem diminuindo consideravelmente em Criciúma. Os relatórios mensais da Secretaria de Assistência Social apontam a queda gradativa de quase 3500 de 2013 às aproximadamente 2.900 famílias hoje beneficiárias do programa.

Em comparação ao final de 2013, o número é inferior ao esperado, somando aproximadamente 500 cadastros a menos. “Em dezembro de 2013 o número de famílias variou de 3.400 a 3.500. Todo janeiro e fevereiro há uma queda, mas o número é reposto durante o ano. Em 2014 isso não aconteceu. Ano passado, porém o índice permaneceu na casa dos 3 mil”, conta a coordenadora do Cadastro Único (CadÚnico) em Criciúma, Rosimar Fagundes Rodrigues.

Somente no primeiro semestre de 2014, 336 famílias saíram do programa. A Secretária de Assistência Social, Solange Barp, credita o registro das “baixas” ao trabalho voltado a capacitação nos CRAS. “Pessoas da faixa de renda contemplada pelo Bolsa Família compõem o nosso público prioritário e o que fazemos nos seis centros de referência é mostrar que existem oportunidades melhores fora do Bolsa Família, onde eles podem ganhar mais por meio do trabalho. Oferecemos bastantes capacitações para atividades na indústria e serviços para esse público. Muitos deixaram de precisar do benefício”, explica Solange.

Um conjunto de fatores pode contribuir para a redução do número de beneficiados pelo Bolsa Família. Para receber o valor de R$ 75 por pessoa, a família precisa seguir os critérios estipulados. “Não recebem ou por estarem com a renda per capita acima do perfil, por descumprimento de condicionalidade ou por cadastro desatualizado”, frisa a coordenadora do CardÚnico.

Ao longo de 2014, a Secretaria de Assistência Social promoveu um intenso cadastro e recadastramento e ainda assim o número de usuários diminuiu mês a mês, relata Solange. “A população está aumentando, mas os beneficiados não. Quem não foi se recadastrar é porque não precisa mais. Alguns, mesmo se fossem, não receberiam o benefício porque quando aumenta a renda per capita familiar e automaticamente foge do perfil”, frisa.

Colaboração: Denise Possebon