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O Natal para diferentes religiões

Período de fim de ano é marcado por momentos de solidariedade e mensagens positivas em todas as culturas

Foto: Reprodução Internet

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Ações de solidadriedade e carinho, o ato de presentear, atitudes de caridade e maior afetividade entre as pessoas. Este é o clima de fim de ano em todas as culturas. E neste clima de Natal, o Portal Satc mostra como três culturas religiosas diferentes encaram este período.

Católicos

O vigário geral Pe Wilson Buss diz que para a Igreja Católica existem duas grandes festividades: o Natal e a Páscoa, respectivamente, nascimento e ressurreição de Jesus Cristo. Segundo o padre, há quatro semanas de preparação para o Natal, que são as semanas que marcam o advento.

“Há uma preparação simbólica, comemorada nessa data, que tem como figura principal o nascimento de Cristo. Cada vez mais se busca recuperar na data a figura de Jesus-menino. O Natal é para os cristãos católicos um tempo de fé e esperança”.

O padre fala que se busca em encontros ou novenas natalinas refletir sobre estes significados. “Esse ano reflete-se sobre as palavras: esperança, fé, amor e gratuidade. Necessitamos relembrar os símbolos de Natal. Do menino que nasceu para trazer suas mensagens ao mundo”.

O vigário lembra que para a igreja católica o centro da festividade é o nascimento de Jesus. “Cristo veio de forma gratuita amar a todos. As mensagens que o Natal nos traz são de amor, solidariedade, fraternidade e estímulo a todos. E acima de tudo simplicidade. Jesus nasceu em uma estrebaria, sem grandes luxos”.

Padre Wilson ressalta que com gestos simples as pessoas conseguem mudar o dia de alguém. “Palavras de incentivo, carinho e compreensão, uma visita amiga, coisas pequenas tornam-se grandes. O que esperamos sempre que esses gestos se estendam durante todo o ano”.

Muçulmanos

Para os muçulmanos que creem num Deus criador do céu e da terra, e que tem como figura profética Mohamed, tem como grande festa de confraternização e bondade e amor de Deus a festa do Desjejum, depois do 9º mês, no Ramadã, onde os muçulmanos se reúnem na mesquita para momentos de reflexão.

Segundo o sheik da mesquita de Criciúma Adil Ali, comemora-se no 12º mês do calendário, quando há grande confraternização e muitos migram à Meca. Para os muçulmanos as sextas-feiras são um dia grandioso.

As festas de fim de ano tradicionais aos ocidentais devido ao calendário Gregoriano não são comemoradas devido o calendário islâmico ser lunar. “Não comemoramos o Natal. Jesus é um grande mensageiro, um ser humano nobre de Deus. Mas a data instituída foi feita tempo depois. Então não comemoramos nenhuma data de nascimento nem de Jesus, nem de Mohamed, nem de nenhum outro profeta. Ele mesmo não comemorou seu aniversário, então nós não o comemoramos”.

Por causa do calendário muçulmano ser diferente, não se comemora o ano novo e nem mesmo na troca de ciclo do próprio calendário. Segundo o sheik, são feitas apenas reflexões do ano. “Pesamos o que foi feito de bom e ruim e tentamos melhorar e tornar do erro experiência e sabedoria”.

Evangélicos

Para as religiões evangélicas cristãs, o Natal e o Fim de Ano representam um período de fé renovada. O Natal representa o nascimento de Jesus é o que fala a pastora Lídia Lopes Alexandre. “A gente comemora o nascimento de Jesus, a gente visa biblicamente. Não que ele tenha nascido nesta data, mas é a data lembrada em nosso calendário, essa data era marcada por uma comemoração Celta. Pelos estudos bíblicos que se sabe, pelo calendário de Deus, Jesus poderia ter nascido em outro mês, como setembro”.

As comemorações da igreja assim como em outro cultos religiosos evangélicos serão lembrados. “Lembramos na igreja o nascimento de Jesus. Cristo deve nascer em nosso coração e em nossas famílias. Lembramos com cânticos, coral, peças de teatro. Para nós o Natal deve ser o ano todo, pois vivenciamos o Natal. Ele nasce todo dia na nossas vidas. É importante viver esse amor durante todo o ano”.