Segurança

O passo a passo de um crime

Sexta-feira, 11 de abril de 2014. Há exatos dois meses, a equipe médica do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, de Criciúma, informava a morte encefálica da menina de quatro anos que estava internada na instituição após ser atingida por estilhaços de um disparo de arma de fogo efetuado pelo próprio tio-avô. O alvo era o avô da criança, irmão do autor do tiro, e o caso aconteceu em uma casa na Zona Sul do Balneário Rincão, onde, na tarde dessa sexta-feira (11), foi feita a reconstituição do crime.

O pai e a mãe da menina, assim como os avós paternos e uma tia dela, participaram como testemunhas. Eles estiveram acompanhados de uma advogada. O tio-avô, réu no caso, permanece recluso no presídio Santa Augusta, em Criciúma, mas também esteve no local do crime, onde permaneceu com os pés e mãos algemados na maior parte do tempo. O sobrinho do autor do disparo, assim como a namorada do jovem, também participaram da reconstituição porque estavam no carro que o réu usou para chegar e deixar a residência onde ocorreu o crime. Inclusive, o mesmo automóvel foi usado nas cenas de hoje.

Essas são as três versões para o fato que foram representadas nesta tarde: a do sobrinho, a do tio-avô e a das testemunhas (familiares) que estavam na casa, nessa ordem. Para o delegado Rafael Iasco, da delegacia de Içara, a Polícia Civil não têm dúvidas sobre o que ocorreu na noite daquela quarta-feira. Entretanto, ele explicou que a reconstituição foi feita a pedido do Ministério Público e da defesa do réu, por conta de dúvidas que surgiram em relação as versões do fato, pois existem contradições.

Segundo o site Engeplus, além do delegado, réu e testemunhas, a reconstituição também foi acompanhada por um promotor de Justiça, policiais militares, peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e alguns curiosos. Todos os fatos narrados pelo réu e testemunhas foram fotografos e anotados pelos peritos.

Ainda bastante abalado, o pai da vítima declarou que essa foi a primeira vez que ele viu o autor do disparo, tio dele, desde quando ocorreu o crime. O pai, inclusive, afirmou que "pretendo não ver eles (tio e sobrinho) nunca mais, nem considero mais como membros da família. A perda da minha pequena foi muito grande, ainda está sendo muito difícil, mas espero que a justiça seja feita, é só o que a gente espera".

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