Saúde

Obesidade infantil: dados são alarmantes

Pediatra Ana Carolina Cancelier (Foto: Marília Köenig/Notisul

Pediatra Ana Carolina Cancelier (Foto: Marília Köenig/Notisul

Uma em cada três crianças no Brasil pesa mais do que deveria, conforme dados divulgados pelo IBGE. Os quilos extras podem causar complicações para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse tempo. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. A doença também pode levar a baixa autoestima e a depressão.

Nesse contexto, é mito a crença de que bebê gordinho é mais saudável. Conforme a pediatra de Tubarão Ana Carolina Cancelier é recomendável que, já aos seis meses, quando se começa a dar ao bebê alimentos sólidos, os pais disseminem hábitos saudáveis como o consumo de frutas e verduras, pouco açúcar.

Outro mito que deve ser derrubado é o “tem que raspar o prato”. “A criança deve comer a quantidade certa para se manter bem. Seu limite deve ser respeitado”, destaca. Há fases em que, de fato, elas comem menos (aos dois anos, aproximadamente). E por vezes, os pais argumentam que seus filhos não gostam de determinado alimento. Contudo, é preciso tentar de 12 a 14 vezes dar esse alimento à criança antes de desistir”, orienta a pediatra.

Mas o que fazer quando a criança já apresenta sobrepeso ou está obesa?  Não raro, “ela sente-se mal por brincadeiras sobre seu peso, mas não consegue mudar os hábitos sozinha. Recomenda-se, então, não cortar doces e refrigerantes, mas restringi-los a uma vez por semana, por exemplo. Isso fará com que ela emagreça com saúde e, principalmente, reeduque-se”, explica.  

“Os pais e o pediatra têm papel fundamental para prevenir e combater a obesidade na infância. Hoje, a desnutrição é algo raro em nossa região. Portanto, sobre seu filho estar abaixo do peso ideal, quem poderá dizer é o pediatra”, destaca Ana Carolina. 

Estatísticas

Entre as causas da obesidade infantil estão: alimentos gordurosos, industrializados, a maior ingestão de açúcar e o sedentarismo. No estado, pesquisas da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) mostram que a obesidade alcança 9,6% das crianças e que 13,9% delas sofrem com sobrepeso.

Com informações do jornal Notisul